18 de mar 2025
Antártica registra 31 icebergs à deriva e alerta para o aquecimento global
A Antártica, maior que o Brasil, é crucial para entender o aquecimento global. Atualmente, 31 icebergs estão à deriva, monitorados em tempo real por cientistas. A desintegração da Plataforma Larsen acelerou desde 1995, com eventos alarmantes. A temperatura média do planeta subiu 1,56°C em cem anos, superando limites do Acordo de Paris. Especialistas alertam que ações governamentais são essenciais para mitigar impactos climáticos.
VIGIADOS Imagem de satélite do Ártico: os pontos luminosos identificam os icebergs à deriva (Foto: Centro Polar/Divulgação)
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A Antártica, com uma área superior à do Brasil, exemplifica os efeitos do aquecimento global. O aumento das temperaturas resulta no desprendimento de icebergs, que flutuam no oceano. Atualmente, 31 icebergs estão sendo monitorados em tempo real por radares, permitindo que cientistas acompanhem sua localização e trajetória. Segundo o climatologista Francisco Eliseu Aquino, a frequência desses eventos, embora naturais, tem aumentado.
A primeira fratura significativa das plataformas de gelo foi registrada em 1940, mas a aceleração desse fenômeno começou em 1995, com a desintegração da Plataforma Larsen. Entre janeiro e março daquele ano, 4.200 km² de gelo se romperam, o que equivale a dez vezes a área da Baía da Guanabara. O evento ocorreu próximo à Estação Brasileira Comandante Ferraz, com uma perda de 1.500 km² em apenas três dias, de 22 a 25 de março.
As mudanças nas geleiras e mantos de gelo estão ligadas a variações na temperatura atmosférica e ao ciclo de neve, que acumula no inverno e derrete no verão. Desde o início da Revolução Industrial, a temperatura média do planeta subiu 1,56°C, superando o limite estabelecido pelo Acordo de Paris. Historicamente, um aumento dessa magnitude levaria milhões de anos para ocorrer.
O pesquisador Shigueu Watanabe Júnior, do Instituto Climainfo, destaca que a diferença de temperatura nos polos é maior do que em outras regiões do planeta. Ele afirma que, embora não haja retorno, é possível evitar uma piora se houver comprometimento dos governantes com um desenvolvimento sustentável.
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