Um carro circula por uma rua inundada após a passagem do furacão Milton em South Daytona, Florida, em outubro de 2024. (Foto: Ricardo Arduengo/Reuters)

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América Latina enfrenta recordes de calor e perda de glaciares em 2024 - América Latina enfrenta recordes de calor e perda de glaciares em 2024

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Em 2024, a América Latina e o Caribe enfrentaram um dos anos mais quentes já registrados, com a temperatura média da região 0,90 °C acima da média entre 1991 e 2020. Esse aumento extremo resultou em consequências severas, como o derretimento de glaciares, furacões sem precedentes e uma alternância entre secas e inundações, conforme o relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM). A secretária geral da OMM, Celeste Saulo, destacou que os impactos climáticos afetaram tanto áreas urbanas quanto comunidades costeiras, gerando grandes perturbações econômicas e ambientais.

O calor intenso e a seca resultaram em incêndios florestais devastadores, enquanto chuvas excepcionais causaram inundações significativas. O relatório também revelou que, em 2024, Venezuela perdeu seu último glaciar, o Humboldt, tornando-se um dos primeiros países a perder o gelo de suas montanhas na era moderna. Outros glaciares na Colômbia e Argentina também foram declarados extintos, evidenciando a perda de 25% da cobertura de gelo nos Andes desde o final do século XIX.

As chuvas em 2024 foram irregulares, com algumas regiões do México registrando entre 20% e 50% menos precipitação do que o normal, enquanto outras áreas, como a península de Yucatán, tiveram chuvas 20% a 40% mais intensas. O aumento do nível do mar também foi notável, com a costa atlântica da América Central apresentando taxas superiores ao aumento global. O início do ano foi marcado por tragédias, como incêndios que devastaram mais de 55.000 hectares no Chile, resultando em mais de 130 mortes.

Apesar dos desafios, há sinais de esperança. Saulo enfatizou que os sistemas de alerta precoce e as ferramentas climáticas estão salvando vidas e aumentando a resiliência na região. Iniciativas em países como Costa Rica, Colômbia e Chile estão promovendo adaptações climáticas, enquanto Cuba fortalece seus sistemas de monitoramento. O relatório da OMM, embora alarmante, também destaca a importância de aprender a se adaptar às mudanças climáticas, preparando a região para os desafios futuros.

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