20 de mai 2025

O Globo
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Crise climática: quem arca com os custos e as consequências?

Crise climática na América Latina em 2023: 11 milhões afetados, 900 mortes e US$ 23 bilhões em perdas. Justiça climática é urgente.

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A crise climática se intensifica na América Latina, afetando 11 milhões de pessoas em 2023, com 900 mortes e prejuízos de US$ 23 bilhões. Este cenário evidencia a urgência de uma abordagem de justiça climática, que considera as desigualdades sociais e econômicas exacerbadas por eventos climáticos extremos.

As comunidades mais vulneráveis, que menos contribuíram para o aquecimento global, são as mais impactadas. A combinação de pobreza, más condições de vida e baixa renda aumenta a vulnerabilidade. No Brasil, 745 mil pessoas foram deslocadas devido a 12 ocorrências climáticas extremas. O país ocupa a sexta posição mundial em deslocamentos forçados por desastres climáticos.

Desafios Regionais

Os desafios climáticos variam entre os países da região. No Peru, o derretimento das geleiras ameaça a irrigação, enquanto no Chile, a crise hídrica afeta tanto cidades quanto comunidades indígenas. Na Argentina, inundações frequentes comprometem a produção agropecuária, essencial para a economia local. No Brasil, as queimadas, impulsionadas por fatores climáticos e ações humanas, devastaram 30,8 milhões de hectares em 2024, um aumento de 79% em relação ao ano anterior.

A falta de financiamento adequado para enfrentar esses desafios é alarmante. Embora haja um aumento no capital destinado à justiça climática, a maior parte não chega às comunidades que mais precisam. O estudo “Inovações em justiça climática” revela que apenas 103 das 374 instituições mapeadas atuam como financiadoras de soluções focadas em justiça climática.

Caminhos para a Justiça Climática

Para mitigar os impactos da crise climática, é essencial que a justiça climática se torne o eixo central das políticas ambientais. Isso implica assegurar terra e renda para comunidades tradicionais e garantir acesso a serviços básicos nas áreas urbanas. A distribuição desigual de recursos urbanos gera zonas de exclusão, aumentando os riscos de desastres.

A transição ecológica deve ser inclusiva e voltada para as necessidades das populações mais afetadas. O capital necessário para essa mudança existe, mas é preciso destravá-lo com um propósito claro. A justiça climática deve ser integrada à agenda ambiental, garantindo que as soluções sejam viáveis e efetivas.

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