Cientistas investigam granizo em tempestades nos Estados Unidos para reduzir danos

À medida que tempestades intensas atingem a região central dos Estados Unidos, uma equipe de cientistas do Projeto ICECHIP investiga a formação do granizo, um fenômeno climático que causa prejuízos anuais de cerca de US$ 10 bilhões. O estudo, que conta com financiamento federal, busca entender como o granizo se forma e suas implicações.

Durante uma operação em Scotland, Texas, em três de junho de dois mil e vinte e cinco, os pesquisadores se dirigiram para o centro das tempestades, onde o impacto do granizo é mais forte. Victor Gensini, professor de meteorologia da Northern Illinois University, descreveu a experiência como "interessante", comparando o som do granizo ao de um martelo batendo no carro. A equipe, acompanhada por jornalistas da Associated Press, se preparou para coletar dados e amostras.

A Caçada ao Granizo

Os cientistas montaram uma caravana com caminhões equipados com radares e drones. Em cada local, eles utilizam equipamentos especializados para medir o impacto do granizo e coletar amostras antes que toquem o chão. Em expedições anteriores, a equipe encontrou granizos com mais de 13 centímetros de diâmetro, um tamanho que causa danos significativos.

O meteorologista aposentado David Imy indicou áreas de risco no Texas e Oklahoma, prevendo uma "tempestade monstro". Apesar de algumas tempestades não terem produzido granizo grande, a coleta de dados continua sendo valiosa. Gensini destacou que o aquecimento global pode aumentar a frequência de granizos grandes em até 75% até o fim do século.

Impactos e Previsões

O Projeto ICECHIP é único por combinar a entrada direta nas tempestades com tecnologia avançada para entender melhor esse fenômeno. Jeff Masters, meteorologista e cofundador do Weather Underground, ressaltou que o granizo é uma das principais causas de aumento dos custos de desastres climáticos nos Estados Unidos.

A pesquisa busca responder a perguntas ainda não resolvidas sobre o granizo, que é frequentemente negligenciado em comparação a outros eventos climáticos extremos. O estudo é apoiado pela National Science Foundation (NSF) e pela indústria de seguros, que reconhece a gravidade dos danos causados por esse fenômeno.