26 de jan 2025
Chimpanzés urinam juntos para fortalecer laços sociais e comunicar status
Estudo da Universidade de Kyoto revela que urinar em chimpanzés é contagioso. Comportamento está ligado ao status social, facilitando comunicação entre grupos. Latrinas são locais de interação social, não apenas para alívio fisiológico. Comportamento síncrono pode indicar hierarquia social entre indivíduos subordinados. Urina contém informações sobre status reprodutivo e pode influenciar interações sociais.
Chimpanzé primata macaco (Foto: Alfred Derks/ Pixabay)
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Um estudo publicado na revista Current Biology pela equipe da Universidade de Kyoto, no Japão, revela que chimpanzés apresentam um comportamento "contagioso" ao urinar, semelhante ao que ocorre com o bocejo. Os pesquisadores observaram que os locais onde mamíferos se reúnem para defecar e urinar, conhecidos como "latrinas", desempenham funções sociais importantes, como comunicação e defesa de território. Esses espaços são utilizados por membros do grupo, mesmo em espécies mais solitárias, para facilitar interações sociais.
A pesquisa destaca que, embora o foco tradicional tenha sido nas fezes como meio de dispersão de sementes, a urina também possui um papel significativo. Os chimpanzés, que vivem em um sistema social de fusão-fissão, demonstraram que o ato de urinar em sincronia pode ser uma forma de comunicação relacionada à hierarquia social. Os indivíduos subordinados tendem a urinar quando outros fazem o mesmo, indicando uma possível estratégia social.
Além disso, a urina contém informações sobre status reprodutivo e níveis hormonais, como a testosterona. A pesquisa sugere que o comportamento de urinar em grupo pode ter implicações sociais importantes, refletindo a estrutura social dos chimpanzés. Os autores do estudo ressaltam que, embora o comportamento de urinar possa parecer trivial, ele pode oferecer insights valiosos sobre a evolução social, tanto em primatas quanto em humanos.
Por fim, a pesquisa abre espaço para novas investigações sobre o comportamento de micção em humanos, incluindo a análise de banheiros públicos masculinos como locais culturais. A Diretora de Desenvolvimento Acadêmico Internacional da UNIR, Sara Alvarez Solas, enfatiza a relevância de estudar esses comportamentos para entender melhor nossa própria evolução e dinâmica social.
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