06 de fev 2025
Descoberta de ossos de mulher grávida revela sacrifício ritual de 1.200 anos no Equador
Arqueólogos descobriram corpo de mulher grávida, datado de 1.200 anos. Sacrifício ocorreu durante El Niño, visando boas colheitas e fertilidade. Mulher, de 17 a 20 anos, tinha status elevado na cultura Manteño. Enterro inclui artefatos valiosos, indicando importância social e política. Estudo revela práticas raras de sacrifício entre populações costeiras do Equador.
Jovem e bebê podem ter sido sacrificados em ritual durante períodos de El Niño intensos (Foto: Divulgação/Universidade da Carolina do Norte)
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O corpo desmembrado de uma mulher grávida e seu feto, possivelmente vítimas de um sacrifício ritual, foram encontrados em uma escavação no Equador, revelando práticas da cultura pré-colombiana Manteño. O achado, datado em cerca de 1.200 anos, foi publicado na revista Latin American Antiquity em 23 de janeiro e liderado pela bioarqueóloga Sara L. Juengst, da Universidade da Carolina do Norte.
Os arqueólogos descobriram que a mulher, entre 17 e 20 anos, estava no último trimestre da gestação e apresentava marcas de traumas brutais, incluindo uma fratura no crânio e cortes nos ossos. O estudo sugere que o sacrifício ocorreu durante um período de frequentes ocorrências do fenômeno climático El Niño, que impactava a agricultura e a saúde na região. Acredita-se que a fertilidade da mulher poderia ter sido vista como uma forma de garantir sucesso nas colheitas.
Os artefatos encontrados, como conchas e lâminas de obsidiana, indicam que a mulher tinha um status elevado, possivelmente ligada a práticas de poder feminino na sociedade Manteño. A disposição dos objetos sobre o corpo sugere um tratamento especial, enquanto a remoção da perna pode ter sido uma punição. Os pesquisadores ressaltam a necessidade de mais investigações para entender os fatores sociais e ambientais que levaram a esse sacrifício.
A descoberta lança luz sobre o papel das mulheres na cultura Manteño, onde elas poderiam ter posições de poder significativas. A análise dos enterros sugere que, para eliminar uma rival, era necessário sacrificar não apenas a mulher, mas também seu filho não-nascido, refletindo a complexidade das dinâmicas sociais da época.
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