Notícias

Fungo recém-descoberto transforma aranhas em 'zumbis' e altera seu comportamento

Pesquisadores britânicos descobriram o fungo Gibellula attenboroughii na Irlanda do Norte. O fungo altera o comportamento de aranhas, expondo as antes da morte. Esse fenômeno é inédito em aranhas na Europa, semelhante a fungos em insetos. A manipulação pode estar ligada à liberação de dopamina, induzindo euforia. Estudos ainda investigam se o fungo é letal para todas as aranhas infectadas.

THE LAST OF US: fenômeno lembra o comportamento das criaturas infectadas no videogame e série famosos (Foto: Fungal Systematics and Evolution/Reprodução)

THE LAST OF US: fenômeno lembra o comportamento das criaturas infectadas no videogame e série famosos (Foto: Fungal Systematics and Evolution/Reprodução)

Ouvir a notícia

Fungo recém-descoberto transforma aranhas em 'zumbis' e altera seu comportamento - Fungo recém-descoberto transforma aranhas em 'zumbis' e altera seu comportamento

0:000:00

Pesquisadores britânicos descobriram uma nova espécie de fungo, Gibellula attenboroughii, que altera o comportamento de aranhas, levando-as a se expor antes de morrer. O fungo foi encontrado em um antigo depósito de pólvora da Segunda Guerra Mundial, na Irlanda do Norte, onde parasitava aranhas das espécies Metellina merianae e Meta menardi. O fenômeno é comparado a outros fungos que transformam insetos em "zumbis", como os que inspiraram o jogo e a série The Last of Us.

O G. attenboroughii forma uma estrutura esbranquiçada ao redor do corpo do hospedeiro, crescendo até consumir sua carcaça. As aranhas infectadas começam a se posicionar em locais expostos ao vento e à luz, comportamento incomum para espécies que normalmente se escondem em ambientes escuros. Essa mudança favorece a dispersão dos esporos do fungo, essencial para sua propagação.

Pesquisadores acreditam que a manipulação do comportamento das aranhas pode estar ligada à liberação de dopamina, substância relacionada ao prazer e à motivação. Esse mecanismo já foi observado em fungos do gênero Ophiocordyceps, que afetam formigas na Mata Atlântica brasileira. A hipótese é que o fungo induza um estado de euforia nas aranhas, levando-as a comportamentos suicidas.

Os esporos do G. attenboroughii variam conforme as condições ambientais. No depósito de pólvora, com circulação de ar reduzida, os esporos eram incolores e dispostos em colunas. Em cavernas abertas, a estrutura fúngica era menos compacta. Embora o efeito do fungo seja surpreendente, ainda não se sabe se ele é letal para todas as aranhas infectadas. Estudos continuam para avaliar seu impacto ecológico e se representa uma ameaça à biodiversidade local.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela