07 de mar 2025
Nova espécie de pterossauro é descoberta na China e revela adaptações surpreendentes para o voo
Cientistas do Museu Nacional/UFRJ descobriram a laminaridade nos ossos dos pterossauros, aumentando sua resistência ao voo. A nova espécie Darwinopterus camposi, encontrada na China, pode elucidar a evolução dos pterossauros. Filhotes de pterossauro apresentavam ossos mais especializados, permitindo voo imediato após o nascimento. A pesquisa comparou pterossauros com aves modernas, revelando adaptações evolutivas independentes. A colaboração internacional entre Brasil e China foi crucial para as descobertas sobre pterossauros.
Os pterossauros, répteis alados que dominaram os céus na era dos dinossauros, tinham ossos especialmente adaptados para suportar as forças do voo. (Foto: anibal/AdobeStock/Reprodução)
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Cientistas do Museu Nacional/UFRJ descobriram que os pterossauros, répteis alados da era dos dinossauros, possuíam ossos com um padrão chamado laminaridade, que conferia maior resistência à torção. Essa adaptação era crucial para o controle das asas em condições de vento forte. A pesquisa analisou fósseis de diversas espécies, incluindo pterossauros brasileiros, e constatou que a laminaridade era mais pronunciada nas asas do que nos membros inferiores, indicando uma resistência superior necessária para o voo.
Além disso, o estudo comparou os pterossauros com aves modernas e morcegos, sugerindo que a laminaridade pode ter evoluído de forma independente nas aves e nos répteis, enquanto os morcegos desenvolveram um mecanismo distinto para o voo. Os filhotes de pterossauro apresentavam um padrão ósseo ainda mais especializado, permitindo que voassem logo após o nascimento, diferentemente da maioria das aves que necessitam de um período de aprendizado.
Os pesquisadores também identificaram uma nova espécie de pterossauro, Darwinopterus camposi, encontrada em rochas do Jurássico na China. Pertencente ao grupo Wukongopteridae, essa espécie é notável por uma crista óssea na cabeça e combina características primitivas e avançadas, sugerindo um papel importante na compreensão da evolução dos pterossauros. Os fósseis indicam que essa espécie habitava ambientes ricos em insetos, possivelmente atuando como um caçador ágil.
A pesquisa destaca a colaboração internacional entre cientistas do Brasil e da China, que trabalham juntos há 20 anos em estudos sobre pterossauros. O fóssil foi encontrado na Formação Tiaojishan, um local conhecido por seus bem preservados pterossauros, contribuindo para a reconstrução da história desses fascinantes répteis alados.
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