21 de mar 2025
Iguanas podem ter chegado a Fiji flutuando em vegetação por quase 5 mil milhas
Iguanas de Fiji podem ter viajado 5 mil milhas da América do Norte em vegetação flutuante, revelam novas evidências genéticas.
Foto de Don Mammoser/Alamy Stock Photo/FILE (Foto: Don Mammoser/Alamy Stock Photo/FILE)
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Em uma nova pesquisa, cientistas revelaram que os ancestrais das iguanas modernas realizaram uma impressionante jornada de quase 5.000 milhas (8.000 quilômetros) pelo Oceano Pacífico, partindo da costa oeste da América do Norte e chegando a Fiji há cerca de 34 milhões de anos. A equipe, liderada pelo professor Dr. Simon Scarpetta, utilizou evidências genéticas para sugerir que as iguanas viajaram em vegetação flutuante, como árvores ou plantas arrancadas, desafiando teorias anteriores sobre sua origem.
Os pesquisadores analisaram genes de 14 espécies de iguanas e descobriram que a parente mais próxima das iguanas de Fiji é o Dipsosaurus, uma iguana do deserto da América do Norte. Essa descoberta, juntamente com a análise de fósseis, indica que as iguanas se originaram na América do Norte, contradizendo a ideia de uma migração complexa por terra através da Antártica ou da ponte de terra de Bering.
A pesquisa também destaca a capacidade das iguanas de sobreviver a longas travessias oceânicas. Estudos anteriores mostraram que iguanas verdes conseguiram flutuar por 200 milhas (322 quilômetros) após um furacão em 1995. Scarpetta enfatizou que as iguanas, sendo ectotérmicas, são eficientes em conservar energia, o que as torna aptas para longas viagens sem necessidade constante de alimento.
Os cientistas estimam que a travessia de North America a Fiji poderia ter levado entre dois meses e meio a quatro meses. A pesquisa não apenas esclarece a origem das iguanas de Fiji, mas também oferece insights sobre como outras espécies podem colonizar áreas isoladas, ressaltando a importância da dispersão sobre a água na diversidade de espécies em ilhas ao redor do mundo.
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