05 de mai 2025
Fukushima: 14 anos após desastre, radiação e desafios ainda persistem na região
Desastre em Fukushima ainda impacta vidas: 14 anos após, radiação persiste e Japão planeja aumentar energia nuclear para 20% até 2040.
Em 2011, um terremoto de magnitude 9 atingiu a região de Fukushima, no Japão. (Foto: Reprodução)
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Fukushima: Quatorze Anos Após o Desastre Nuclear
Em 2011, um terremoto de magnitude 9 atingiu Fukushima, Japão, resultando em um desastre nuclear que forçou a evacuação de 150 mil pessoas e causou contaminação na região. Quatorze anos depois, muitos ainda não retornaram a suas casas, e a Tokyo Electric Power Company (TEPCO) começou a despejar água tratada no Oceano Pacífico, gerando reações internacionais.
Após o terremoto, a usina nuclear de Fukushima enfrentou sérios problemas, com reatores superaqueceram e explodiram. A radiação continua a ser monitorada, especialmente nas áreas mais próximas da usina, onde os níveis são mais altos. A descontaminação da área pode levar até 30 anos. A TEPCO informou que, desde o desastre, armazenou água radioativa em tanques, mas com mais de mil reservatórios cheios, iniciou o despejo da água tratada em agosto de 2023. Embora a água tenha passado por filtragem, ainda contém trítio, um hidrogênio radioativo.
O despejo da água provocou reações de países vizinhos. A China baniu frutos do mar japoneses, enquanto Hong Kong e Macau restringiram produtos da região de Fukushima. Em contrapartida, os Estados Unidos ampliaram as compras de produtos japoneses. A TEPCO, para demonstrar segurança, começou a criar peixes na água tratada e divulgar os níveis de trítio monitorados.
Medidas de Segurança e Futuro da Energia Nuclear
Desde o acidente, o Japão investiu em prevenção, construindo uma barreira de mais de 400 quilômetros ao longo do litoral para conter tsunamis. A usina de Fukushima não voltará a operar, e o Japão reduziu sua dependência da energia nuclear. Contudo, essa política está mudando, com planos de aumentar a participação da energia nuclear de 8% para 20% até 2040.
Esse movimento é observado em outros países, como a Alemanha, que discute reativar reatores, e os Estados Unidos, que pretendem triplicar sua capacidade até 2050. A energia nuclear é vista como uma alternativa limpa, já que não emite gases de efeito estufa.
Ayumi Tochimoto, uma das poucas que retornaram, comanda um restaurante em sua cidade natal, buscando reerguer a comunidade. A situação em Fukushima continua a ser monitorada, enquanto o Japão enfrenta os desafios de reconstruir e garantir a segurança de sua população.
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