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Cidades brasileiras perdem voos com redução da malha aérea das companhias aéreas

Azul suspende voos em 14 aeroportos e busca US$ 1,6 bilhão em financiamento, afetando a conectividade em várias regiões do Brasil

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
Companhias aéreas reduziram malha de voos, resultando em menos cidades conectadas no país (Foto: Reprodução)
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  • O Brasil possui mais de quinhentos aeroportos, mas apenas cento e trinta e sete registraram voos comerciais em julho de 2023, uma queda em relação aos cento e cinquenta e cinco do mesmo mês em 2022.
  • A Azul Linhas Aéreas busca um financiamento de US$ 1,6 bilhão e cortou trinta e cinco por cento de sua frota futura, suspendendo operações em quatorze aeroportos, impactando a conectividade em várias regiões.
  • Em treze dos aeroportos afetados, a Azul era a única operadora, o que agrava a situação de cidades que dependem do transporte aéreo, como Campos dos Goytacazes.
  • A alta dos custos operacionais, influenciada pela variação do dólar e do preço do combustível, resultou em um aumento de dezenove vírgula noventa e dois por cento nas tarifas aéreas em julho.
  • O Ministério de Portos e Aeroportos planeja medidas para desenvolver o transporte aéreo, incluindo uma alíquota diferenciada para a aviação regional e linhas de crédito de R$ 4 bilhões para as companhias.

O Brasil conta com mais de 500 aeroportos, mas apenas 137 registraram voos comerciais em julho de 2023, uma queda significativa em relação aos 155 do mesmo mês em 2022 e 162 em 2021. Apesar do recorde de 11,6 milhões de passageiros no mês, a aviação civil enfrenta desafios que limitam a malha aérea. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aponta que a retração de destinos já era visível em março, quando 154 aeroportos operaram voos comerciais.

A situação se agrava com a reestruturação das principais companhias aéreas do país. A Azul Linhas Aéreas busca US$ 1,6 bilhão em financiamento e cortou 35% de sua frota futura, suspendendo operações em 14 aeroportos. Em 13 desses locais, a Azul era a única operadora, o que impacta diretamente a conectividade regional. A empresa justifica as mudanças como uma necessidade de equilibrar receita e custos.

Impacto Regional

A suspensão de voos afeta diretamente cidades que dependem do transporte aéreo. Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, é um exemplo. A cidade, que já teve voos diários para o Rio de Janeiro, agora está isolada. O subsecretário de turismo do município, Edvar Júnior, destaca que eventos e convenções estão sendo cancelados devido à dificuldade de acesso.

Além disso, a alta dos custos operacionais, impulsionada pela variação do dólar e do preço do combustível, pressiona as tarifas aéreas. Em julho, as passagens subiram 19,92%, refletindo a inflação no setor. A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) ressalta que 60% dos custos das companhias estão atrelados ao dólar, dificultando a operação.

Medidas do Governo

O Ministério de Portos e Aeroportos reconhece a necessidade de desenvolver o transporte aéreo e a infraestrutura aeroportuária. Entre as iniciativas, está prevista uma alíquota diferenciada para a aviação regional e linhas de crédito de R$ 4 bilhões para as companhias. Essas medidas visam aumentar a oferta de rotas, especialmente para a Amazônia Legal e o Nordeste.

A situação atual evidencia a vulnerabilidade do interior do Brasil em relação às mudanças na aviação. Especialistas alertam que a recuperação do setor depende de políticas que tornem o transporte aéreo mais acessível e viável para a população.

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