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Desmatamento na Amazônia cai 7% em 2024, mas degradação florestal atinge recorde de 497%

Em 2024, o desmatamento na Amazônia caiu 7%, totalizando 3.739 km². A degradação florestal aumentou 497%, atingindo 36.379 km², o maior índice desde 2009. O Pará liderou ambos os índices, com 1.260 km² desmatados e 17.195 km² degradados. Queimadas em agosto e setembro, exacerbadas pela seca, impulsionaram a degradação. Emissões de carbono da degradação superaram as do desmatamento, alarmando especialistas.

Infraestrutura e desmatamento na Amazônia (Foto: Edilson Dantas/Agência O Globo)

Infraestrutura e desmatamento na Amazônia (Foto: Edilson Dantas/Agência O Globo)

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O desmatamento na Amazônia apresentou uma redução de 7% em 2024 em comparação a 2023, conforme dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon. Em 2024, foram desmatados 3.739 km², enquanto em 2023 o total foi de 4.030 km². Essa queda é significativa, especialmente quando comparada a 2022, quando a devastação atingiu 10.362 km². O último mês de 2024 também registrou uma diminuição de 21% no desmatamento, com 85 km² derrubados, em contraste com 108 km² em dezembro de 2023.

Apesar da queda no desmatamento, a degradação florestal aumentou drasticamente, com 36.379 km² degradados em 2024, um aumento de 497% em relação aos 6.092 km² de 2023. Este é o maior índice de degradação desde que o Imazon começou a monitorar a área em 2009. O Pará foi o estado mais afetado, com 17.195 km² degradados, representando um aumento de 421% em relação ao ano anterior. As queimadas, especialmente em agosto e setembro, foram apontadas como a principal causa desse aumento.

O coordenador do programa de monitoramento da Amazônia do Imazon, Carlos Souza, destacou que as emissões de carbono da degradação florestal superaram as do desmatamento em 2024. A seca severa na região, que se intensificou nos últimos dois anos, também contribuiu para o aumento das queimadas, afetando áreas úmidas. A pesquisadora Larissa Amorim mencionou que a expectativa para 2025 é de uma redução na degradação devido ao período de chuvas, que historicamente diminui os danos à floresta.

Os dados do Imazon revelam que, embora o desmatamento tenha diminuído, a situação da Amazônia continua crítica. O aumento das queimadas e a degradação florestal indicam um cenário alarmante, com mais de 30 milhões de hectares queimados em todo o Brasil em 2024, o que representa a maior área afetada desde o início do monitoramento pelo MapBiomas. A Amazônia Legal, que abrange 59% do território brasileiro, continua a enfrentar desafios significativos em sua preservação.

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