14 de mar 2025
Falta de infraestrutura impede circulação de 37 ônibus elétricos no Jabaquara
MobiBrasil tem 37 ônibus elétricos parados em São Paulo por falta de recarga. Enel promete instalar infraestrutura, mas não confirma prazo de conclusão. Apenas 13 dos 618 ônibus elétricos da MobiBrasil estão em operação atualmente. A cidade enfrenta desafios para descarbonizar a frota, com 95% ainda a diesel. Investimento em ônibus elétricos é alto: R$ 2,4 milhões versus R$ 700 mil a diesel.
Garagem da MobiBrasil em Jabaquara com 37 ônibus elétricos parados (Foto: Divulgação)
Ouvir a notícia:
Falta de infraestrutura impede circulação de 37 ônibus elétricos no Jabaquara
Ouvir a notícia
Falta de infraestrutura impede circulação de 37 ônibus elétricos no Jabaquara - Falta de infraestrutura impede circulação de 37 ônibus elétricos no Jabaquara
A operadora de ônibus MobiBrasil enfrenta dificuldades com 37 veículos elétricos parados em sua garagem no Jabaquara, zona sul de São Paulo, devido à falta de infraestrutura para abastecimento. O gerente Manoel Barbosa Pereira alertou que a energia do bairro pode cair se todos os carregadores forem ativados simultaneamente. A empresa responsabiliza a Enel pelo atraso na operação dos ônibus, enquanto a prefeitura informa que 80 ônibus elétricos estão inativos na capital, aguardando a instalação necessária.
Atualmente, apenas 13 dos 618 veículos da MobiBrasil estão em circulação. A empresa instalou recentemente 16 novos carregadores, suficientes para os ônibus parados, mas a recarga leva de 3 a 4 horas, exigindo uma logística específica. A Enel comunicou que deve instalar a infraestrutura necessária neste final de semana, mas não confirmou o prazo. A MobiBrasil afirmou que o contrato com a Enel para a instalação foi assinado em dezembro de 2024, com a expectativa de que a estrutura estivesse pronta em 30 dias.
A Enel, por sua vez, garantiu que as obras de renovação nas garagens estão dentro do cronograma e que, nos primeiros meses de 2025, já foram concluídas obras para oito operadores de ônibus. Para este ano, a concessionária promete fornecer 45,7 MW de energia. A situação é crítica, pois 95% da frota de ônibus em São Paulo ainda é movida a diesel, e a cidade está longe de atingir a meta de ter 50% da frota limpa até 2028.
Além da falta de infraestrutura, o custo elevado dos ônibus elétricos, que é três vezes maior que o dos movidos a diesel, representa um desafio adicional. Um ônibus convencional custa cerca de R$ 700 mil, enquanto um elétrico pode chegar a R$ 2,4 milhões. A falta de pontos de recarga adequados é um consenso entre a prefeitura e as viações, dificultando a transição para uma frota totalmente elétrica.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.