15 de mai 2025
Banda georgiana rouba livros raros de Pushkin em bibliotecas da Europa
Rede criminosa georgiana é responsável pelo roubo de 170 obras literárias na Europa, incluindo seis de Pushkin da Biblioteca Nacional da Holanda.
Interior da Biblioteca Nacional dos Países Baixos (Foto: Reprodução)
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Seis livros antigos de Aleksandr Pushkin foram roubados da Biblioteca Nacional da Holanda em 2023. O furto, que envolve edições do século XIX, faz parte de uma série de sustrações de obras literárias russas em bibliotecas europeias. Nove cidadãos georgianos foram presos por envolvimento em uma rede criminosa que furtou pelo menos 170 obras.
Os detidos utilizavam métodos sofisticados, como a substituição de originais por cópias falsas. As investigações, coordenadas pela Europol, revelaram que os crimes ocorreram entre 2022 e 2023 em países como França, Alemanha e Polônia. O valor total das obras roubadas é estimado em 2,5 milhões de euros, mas a perda cultural é considerada incalculável.
A diretora da Biblioteca Nacional da Holanda, Wilma van Wezenbeek, divulgou a situação em maio de 2023, após as investigações estagnarem. Em uma nota, ela destacou a falta de compartilhamento de informações entre instituições, o que aumenta a vulnerabilidade a furtos. A biblioteca agora busca ajuda do público para localizar os livros desaparecidos.
Métodos de Furto
Os criminosos solicitavam acesso a livros raros sob a justificativa de interesse acadêmico. Durante a consulta, mediam e fotografavam os volumes. Posteriormente, retornavam com cópias de alta qualidade, enquanto os originais eram furtados. Em alguns casos, os ladrões invadiam as bibliotecas diretamente.
Após o alerta da França à Europol, uma investigação internacional foi iniciada. As autoridades georgianas conseguiram identificar e prender membros da organização criminosa. Um livro foi recuperado, e outros estão sendo analisados. A Europol confirmou que algumas obras foram vendidas em leilões em Moscou e São Petersburgo, tornando-as irrecuperáveis.
A Biblioteca Nacional da Holanda está tomando medidas para proteger seu acervo, incluindo a criação de um inventário de livros de risco. Embora a biblioteca tenha registrado os volumes roubados na base de dados da Interpol, reconhece que a prevenção de furtos é um desafio constante. A diretora Van Wezenbeek enfatizou a importância da colaboração entre instituições e a sociedade na proteção do patrimônio cultural.
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