Ucrânia sofre ataques russos enquanto embaixador brasileiro relata explosões na capital

Nos últimos meses, os ataques russos à Ucrânia intensificaram-se, com um ataque combinado de mísseis e drones em Kiev resultando em pelo menos 10 mortes. O incidente ocorreu na madrugada de terça-feira, dia em que estava prevista uma reunião entre os presidentes Volodymyr Zelensky e Donald Trump durante a cúpula do G7 no Canadá.

O embaixador do Brasil na Ucrânia, Rafael de Mello Vidal, relatou a devastação e o impacto na vida cotidiana dos ucranianos. Ele mencionou que, desde o início da guerra em fevereiro de 2022, os ataques têm se tornado mais frequentes e letais. Na ocasião, a embaixada brasileira, composta por 12 funcionários, passou a noite em abrigos, seguindo protocolos de segurança rigorosos.

Vidal explicou que cerca de 400 drones e entre 30 e 40 mísseis foram lançados contra a capital. O embaixador destacou que a combinação de ataques representa um risco maior, e que, em situações assim, a melhor estratégia é buscar abrigo imediatamente. Ele também comentou sobre a resiliência dos ucranianos, que tentam manter uma vida normal durante o dia, apesar da constante ameaça.

Impacto na Capital

Na manhã seguinte ao ataque, o embaixador e outros diplomatas visitaram uma área atingida por um míssil de cruzeiro russo. A cena era de devastação extrema, com edifícios danificados e pessoas soterradas. O ministro do Interior ucraniano, Igor Klimenko, informou que o ataque atingiu 27 locais em Kiev, incluindo residências e instituições de ensino.

A vida na capital continua, mas as noites têm sido desafiadoras. O embaixador Vidal mencionou que a população está cansada da guerra, refletindo o desgaste emocional e físico que os ucranianos enfrentam diariamente. A situação em Kiev permanece crítica, com a população lutando para se adaptar a um novo normal em meio ao conflito.