Batalha judicial entre Textor e Eagle pode definir futuro do Botafogo
John Textor e a Eagle Football intensificam a disputa judicial, enquanto o futuro financeiro da SAF do Botafogo permanece incerto

John Textor está em um imbróglio jurídico com a Eagle Football (Foto: Daniel RAMALHO / AFP e Reprodução Eagle Football)
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A disputa judicial entre John Textor e seus sócios pela Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Botafogo intensificou-se nas últimas semanas. Textor, que já enfrenta dificuldades na gestão do clube, convocou reuniões para aprovar um empréstimo de 100 milhões de euros e aumentar o capital social da SAF, enquanto processou a holding Eagle Football por dívidas.
Os sócios de Textor buscam reaver um investimento de 450 milhões de euros feito para a compra do Lyon em 2022. Após afastá-lo do controle da Eagle, eles agora tentam removê-lo também do Botafogo, visando estabilizar as finanças do clube e preparar uma futura venda. Em resposta, Textor, após ser alertado sobre sua possível destituição, convocou reuniões em 17 de julho. Na primeira, foi aprovado o empréstimo, que garante quase todas as receitas futuras da SAF. Na segunda, o capital social foi elevado de R$ 10 mil para R$ 650 milhões.
A SAF justificou as medidas como necessárias para permitir novos aportes de capital. No entanto, a Eagle argumenta que a manobra visa diluir sua participação de 90% na SAF e garantir o controle total a Textor. Na sequência, ele processou a holding cobrando uma dívida de R$ 152,5 milhões, com pedido de arresto das ações da Eagle na SAF, o que foi concedido em primeira instância.
Reações e Estratégias
A Eagle, que só teve acesso às atas das reuniões em 25 de julho, entrou com uma ação para anular as decisões de Textor, alegando traição. A holding pretende barrar a emissão de novas ações e impedir contratações ligadas ao americano. A expectativa é que, se bem-sucedida, essa ação fortaleça sua posição nas negociações.
Paralelamente, a Eagle informou que solicitará a transferência do caso para a Câmara de Conciliação e Arbitragem da Fundação Getulio Vargas (FGV). Essa resolução pode levar até um ano, o que pode impactar negativamente a situação financeira do Botafogo. Enquanto isso, Textor contratou um renomado escritório de advocacia para conduzir sua ofensiva legal, buscando garantir sua permanência no comando e pressionar a Eagle a aceitar um acordo.
A situação permanece tensa, com ambos os lados buscando fortalecer suas posições em um cenário de incerteza. O futuro do Botafogo e de sua SAF continua em jogo, com as partes envolvidas tentando negociar um desfecho que atenda seus interesses.
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