Famílias devem adotar medidas para proteger crianças na internet

Viralizou no último fim de semana um vídeo-denúncia do influenciador digital Felca, que aborda a exploração de imagens de crianças nas redes sociais. O conteúdo já acumula 28 milhões de visualizações no YouTube e gerou apoio político para a criação de projetos de lei que visam proteger a infância na internet. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), se comprometeu a apoiar essas iniciativas.

Felca destaca que a exploração sexual de crianças nas redes sociais ocorre tanto por influenciadores que lucram com a exposição de crianças em situações inadequadas quanto por pais que buscam engajamento. Essa prática, conhecida como "sharenting", tem se tornado comum, com muitos adultos compartilhando a rotina de seus filhos sem considerar as consequências. A exposição excessiva pode facilitar o acesso de pedófilos a informações sobre as crianças, tornando suas rotinas públicas.

Além da segurança, a privacidade das crianças é um ponto crucial. Elas não têm autonomia para decidir sobre a divulgação de suas imagens, e a exposição desmedida pode resultar em constrangimentos e violação de sua integridade. A responsabilidade recai sobre os adultos, que devem proteger as crianças das más intenções que permeiam as redes sociais. A defesa dos direitos infantis na internet começa com a preservação da privacidade e segurança das crianças, que ainda não podem decidir por si mesmas.