Cúpula do PL se reúne com Bolsonaro para definir estratégia no Congresso

Dirigentes do PL estão buscando autorização judicial para visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente em prisão domiciliar sob ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF. As visitas já foram autorizadas para o final do mês, mas o vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes (RJ), e o secretário-geral do PL, Rogério Marinho (RN), desejam se encontrar com Bolsonaro antes, na próxima semana.

A antecipação das visitas visa obter orientações sobre a atuação da bancada em relação à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita o foro privilegiado e à anistia dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. A necessidade de diálogo surge após desentendimentos com os presidentes do Senado e da Câmara, Davi Alcolumbre (União-AP) e Hugo Motta (Republicanos-PB), respectivamente.

Além de Côrtes e Marinho, o filho de Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), já tinha autorização para visitá-lo. O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, ainda aguarda o aval para se encontrar com o ex-mandatário. A decisão de Moraes, assinada no dia 12, também permitiu visitas ao ex-presidente por outros membros, como o vice-prefeito de São Paulo e um deputado estadual.

Diante da restrição de contatos, as lideranças do PL têm recorrido à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro como interlocutora. Ela tem se reunido com líderes do partido e transmitido mensagens de apoio ao ex-presidente. Michelle retomará suas atividades pelo PL Mulher nesta sexta-feira, em Natal, reforçando a presença da família na política, mesmo em meio a desafios.

Um levantamento recente indicou que Moraes já analisou 64 pedidos de visita a Bolsonaro, tendo autorizado 34. Os pedidos não autorizados incluem solicitações que não foram formalmente apresentadas pela defesa do ex-presidente.