Explosão em local de votação na Bolívia levanta preocupações durante eleições presidenciais

Uma explosão foi registrada neste domingo, 17, nas proximidades do colégio José Carrasco, em Entre Ríos, durante as eleições gerais na Bolívia. O candidato à presidência pela aliança Popular, Andrónico Rodríguez, estava prestes a votar quando o incidente ocorreu. Apesar do forte estrondo, não houve feridos e a votação prosseguiu normalmente, conforme informou o promotor Juan Carlos Campero.

Rodríguez, considerado o herdeiro político de Evo Morales, enfrentou hostilidade ao chegar ao local de votação. Uma multidão o atacou, chamando-o de "traidor", o que gerou um clima tenso. O candidato, que se distanciou de Morales ao se candidatar por conta própria, teve seu veículo atingido por pedras durante o tumulto.

Contexto Eleitoral

As eleições ocorrem em um cenário de crise econômica, com a Bolívia enfrentando inflação em torno de 25% e escassez de dólares e combustíveis. Mais de 7,5 milhões de eleitores são esperados nas urnas para escolher o novo presidente, vice-presidente e parlamentares. A votação no exterior contará com 369.308 cidadãos.

Rodríguez, que ocupa a terceira ou quarta posição nas pesquisas, está atrás dos opositores Samuel Doria Medina e Jorge 'Tuto' Quiroga, que podem levar a disputa a um segundo turno. Morales, que não pode concorrer devido a restrições, promove uma campanha pelo voto nulo, alertando sobre possíveis consequências se essa opção não prevalecer.

Segurança e Tensão

As autoridades de segurança intensificaram a vigilância após a explosão e o ataque a Rodríguez. Um dispositivo explosivo foi detonado enquanto funcionários transportavam urnas em Kutimarcha, mas, novamente, não houve vítimas. A situação política é marcada por alta tensão, com a oposição buscando uma mudança após anos de domínio do Movimento ao Socialismo (MAS).

As forças de segurança detiveram 30 pessoas por violações das normas eleitorais, principalmente relacionadas ao consumo de álcool. Após algumas horas, os detidos foram liberados para que pudessem votar, enquanto as investigações sobre os ataques continuam em andamento.