NotíciasPolítica

19 de ago 2025

Governo modifica proposta sobre big techs e limita remoção de ofensas a ordens judiciais

Governo propõe nova regulação para redes sociais, restringindo remoção de conteúdos e protegendo crianças de fraudes online

Presidente Lula em evento no Planalto (Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo)

Presidente Lula em evento no Planalto (Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo)

Ouvir a notícia

Governo modifica proposta sobre big techs e limita remoção de ofensas a ordens judiciais - Governo modifica proposta sobre big techs e limita remoção de ofensas a ordens judiciais

0:000:00

O governo brasileiro está prestes a enviar um novo projeto de lei ao Congresso para regular as redes sociais, focando na remoção de conteúdos ilícitos. A proposta estabelece que crimes contra a honra, como injúria e difamação, só poderão ser removidos por ordem judicial. Essa mudança visa atender a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou que plataformas não são obrigadas a retirar esse tipo de conteúdo sem uma decisão judicial.

Além disso, o projeto revê uma proposta anterior que permitia a remoção de conteúdos relacionados à desinformação sobre políticas públicas a partir de notificações. O governo busca, assim, evitar críticas da oposição, que defende a liberdade de expressão e se opõe a legislações que alterem a dinâmica das grandes empresas de tecnologia.

Foco na Proteção de Crianças

Outro ponto importante da proposta é a proibição do acesso de crianças até 12 anos às redes sociais. As plataformas deverão implementar medidas de proteção, com penalidades que vão de advertências a multas e até suspensão de serviços em casos de descumprimento. O governo considera essencial combater a crescente "epidemia de golpes e fraudes" na internet, responsabilizando as empresas por ações que já são consideradas crimes no Código de Defesa do Consumidor.

O texto também prevê que as plataformas removam, sem necessidade de ordem judicial, conteúdos que atentem contra a democracia, como terrorismo e assassinatos. A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) será responsável pela regulação e fiscalização dessas novas regras, com a criação de cerca de 200 novos cargos para garantir o cumprimento da legislação.

Com essa proposta, o governo busca um equilíbrio entre a proteção dos usuários e a liberdade de expressão, ao mesmo tempo em que se prepara para enfrentar os desafios impostos pela era digital.

Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela