Padilha critica Trump e defende Pix e Mais Médicos como bens do Brasil

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, defendeu o programa Mais Médicos e criticou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como "inimigo da saúde". A declaração ocorreu durante a inauguração de uma fábrica da Hemobrás em Goiana, Pernambuco, nesta quinta-feira, 14. Padilha afirmou que "nenhum ataque" desestabilizará iniciativas como o Pix e o Mais Médicos, que considera "patrimônios do povo brasileiro".

A crítica de Padilha se intensificou após o Departamento de Estado dos EUA revogar os vistos de dois ex-funcionários do programa, acusando-os de exploração de médicos cubanos. O ministro ressaltou que Trump tem uma história de ataques à saúde, citando sua oposição a cientistas que desenvolvem vacinas e sua recente ação contra o programa brasileiro.

Críticas ao Governo dos EUA

O governo americano alegou que os ex-funcionários, Mozart Júlio Tabosa Sales e Alberto Kleiman, estavam envolvidos em um esquema de "exportação coercitiva de mão de obra" do regime cubano. Padilha, por sua vez, destacou a importância do Mais Médicos, que visa suprir a carência de médicos em áreas vulneráveis do Brasil, e reafirmou seu compromisso com o programa.

A nova fábrica da Hemobrás, inaugurada com um investimento de R$ 1,9 bilhão, terá capacidade para produzir até 500 mil litros de plasma fracionado por ano, além de medicamentos essenciais para o tratamento de diversas condições de saúde. O projeto visa reduzir a dependência do Brasil em relação a insumos importados, fortalecendo a produção nacional.

Avanços na Saúde

Além da inauguração, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem agenda em Pernambuco, incluindo visitas a um hospital e a entrega de títulos de regularização fundiária. A Hemobrás, criada em 2004, tem como objetivo garantir a autonomia do Brasil na produção de derivados do sangue, com foco na saúde pública e na melhoria do atendimento à população.