13 de ago 2025
Desafios e inovações marcam o crescimento da indústria de robótica na China
China avança em robótica humanoide, mas desafios tecnológicos e eficiência limitada ainda impedem a integração em larga escala

Robôs humanoides da Unitree Robotics competem em uma luta de boxe durante a Conferência Mundial de Robôs de 2025 (WRC) no Centro Internacional de Convenções e Exposições Beiren Yichuang em Pequim, China, em 10 de agosto de 2025. (Foto: Cui Jun | Visual China Group | Getty Images)
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Avanços e Desafios da Robótica Humanoide na China
A World Robot Conference, realizada em Pequim, destacou as ambições da China no desenvolvimento de robôs humanoides. Apesar das inovações apresentadas, especialistas apontam que a integração desses robôs na vida cotidiana ainda está longe de ser uma realidade.
Durante o evento, empresas exibiram robôs com design mais realista, realizando tarefas como servir bebidas e jogar xadrez. No entanto, as limitações tecnológicas permanecem evidentes, com os robôs ainda enfrentando dificuldades para interagir com o ambiente. A maioria das aplicações comerciais se restringe a funções simples, como guiar visitantes em shoppings e realizar tarefas repetitivas em fábricas.
Jay Huang, diretor da Bernstein, afirmou que a capacidade dos robôs de realizar 80% do trabalho físico humano ainda está a décadas de distância. Ele destacou que, embora os robôs possam executar tarefas individuais, como manuseio de materiais, a escalabilidade dessas funções é um desafio. A falta de modelos de IA avançados e dados de treinamento suficientes é um dos principais obstáculos para a adoção em larga escala.
Concorrência e Inovação
Startups chinesas estão se esforçando para superar concorrentes americanos, oferecendo preços mais baixos e inovações rápidas. Por exemplo, a Unitree lançou um modelo de robô a um custo de 39.900 yuan (cerca de 5.249 dólares), significativamente mais barato que modelos anteriores. A competição se intensifica, especialmente com empresas como a Tesla, que também investem em robôs humanoides.
A integração de robôs nas fábricas chinesas já está em andamento, com algumas unidades sendo utilizadas por grandes empresas como BYD e Foxconn. No entanto, os robôs ainda operam a apenas 20% da eficiência humana, o que evidencia a necessidade de mais dados e desenvolvimento para melhorar seu desempenho.
A corrida tecnológica entre China e EUA continua a se intensificar, com a China buscando não apenas avançar em robótica, mas também em inteligência artificial. Arthur Kroeber, da Gavekal Dragonomics, prevê que, em dois a quatro anos, as fábricas chinesas poderão alcançar ganhos significativos de eficiência ao combinar robôs industriais com sistemas de IA.
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