Ex-policiais do Bope se envolvem com crime organizado e ostentação no Rio de Janeiro

Ronny Pessanha de Oliveira, ex-policial do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), foi preso novamente em 24 de março de 2024 durante a Operação Contenção. Ele é acusado de treinar traficantes do Comando Vermelho, cobrando até R$ 1.500 por hora. Pessanha, que foi expulso da corporação em 2022 por ligações com milícias, foi encontrado em um carro de luxo com uma arma.

As investigações da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) revelaram que Pessanha utilizava sua experiência no Bope para instruir traficantes em técnicas de combate. Ele também é suspeito de usar uma empresa de segurança como fachada para lavagem de dinheiro. O ex-PM ostentava uma vida de luxo nas redes sociais, exibindo viagens e carros de alto valor, como uma McLaren avaliada em R$ 3 milhões.

Pessanha já havia sido preso anteriormente por extorsão e grilagem de terrenos nas comunidades de Rio das Pedras e Muzema, onde controlava empreendimentos imobiliários de forma violenta. Ele é acusado de expulsar moradores usando armamento pesado e de atuar em outras comunidades da Zona Sul, como Cruzada São Sebastião e Vidigal.

Além de treinar traficantes, Pessanha alugava carros de luxo para eles. Um McLaren foi alugado por R$ 460 mil ao traficante Manoel Cinquine Pereira, conhecido como Paulista, que está foragido. O Ministério Público denunciou Pessanha por associação ao tráfico, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A defesa do ex-policial não foi localizada para comentar.