09 de fev 2025
Equador enfrenta eleições decisivas em meio à crise de violência e narcotráfico
O Equador realiza eleições gerais em meio a violência política e narcotráfico. Daniel Noboa lidera com 36,1% das intenções, seguido por Luisa González com 33%. Se nenhum candidato atingir 50%, haverá segundo turno em abril de 2025. Violência política é alarmante, com 30 prefeitos assassinados no último ano. Noboa e González representam continuidade das disputas políticas recentes no país.
Luísa González é advogada e Daniel Noboa, empresário; ambos são considerados moderados (Foto: Galo Paguay e Marcos Pin/AFP)
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Hoje, das 9h às 19h (horário de Brasília), o Equador realiza eleições gerais para escolher presidente, vice-presidente, membros da assembleia e parlamentares. O atual presidente Daniel Noboa e Luisa González lideram as pesquisas em um cenário marcado por violência política e narcotráfico. O voto é obrigatório para cidadãos de 18 a 65 anos, com cerca de 14 milhões de eleitores convocados. A apuração começa às 19h e, se nenhum candidato obtiver mais de 50% dos votos, haverá um segundo turno em 14 de abril.
As eleições deste ano são uma continuidade da disputa de 2023, quando o então presidente Guillermo Lasso dissolveu a Assembleia Nacional e convocou eleições antecipadas após o assassinato do candidato Fernando Villavicencio. Noboa, que busca a reeleição, lidera com 36,1% das intenções de voto, seguido por González com 33%. Outros 14 candidatos estão na disputa, mas sem chances reais de avançar. A pesquisa foi realizada pela Comunicaliza com 5.200 entrevistados.
A crescente violência do crime organizado transformou o Equador em um dos maiores produtores de cocaína, com uma taxa de homicídio de 38 mortes a cada 100 mil habitantes. Especialistas afirmam que a população busca candidatos com discursos mais duros contra a violência. A violência política também é uma preocupação, com 30 prefeitos assassinados no último ano, refletindo a intersecção entre narcotráfico e política.
Daniel Noboa, de 37 anos, é filho de um magnata e chegou ao poder como um dos dirigentes mais jovens do mundo, prometendo uma "repressão total" ao crime. No entanto, especialistas apontam que suas medidas não resultaram na redução da violência. Luisa González, de 46 anos, é advogada e ex-secretária de Rafael Correa, prometendo restaurar programas sociais e atacar as raízes do crime organizado. Apesar de suas propostas, analistas criticam a falta de solidez em suas ideias e a dificuldade de transmitir uma imagem de força.
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