Política

Equador escolhe novo presidente em meio a crises e expectativa de segundo turno

O Equador realiza eleições presidenciais em meio a uma grave crise de violência e econômica. Daniel Noboa e Luisa González devem disputar um segundo turno, com Noboa liderando. A violência aumentou 588% em cinco anos, tornando o país um dos mais perigosos da região. Noboa, herdeiro de um império de bananas, busca reeleição com forte apoio militar. González, ligada ao ex presidente Rafael Correa, promete justiça social e auditoria da dívida.

Equador escolhe novo presidente neste domingo (Foto: Marvin RECINOS/AFP)

Equador escolhe novo presidente neste domingo (Foto: Marvin RECINOS/AFP)

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Em meio a um cenário de violência crescente, apagões e crises econômicas, o Equador realizou neste domingo, 9 de fevereiro de 2024, a eleição para presidente e 151 parlamentares da Assembleia Nacional, com cerca de 11 milhões de eleitores aptos a votar. As urnas abriram às 7h, horário local. O atual presidente, Daniel Noboa, enfrenta Luisa González, do partido Revolução Cidadã, que é a mais bem posicionada nas pesquisas. Noboa, que venceu González em 2023, busca a reeleição em um contexto marcado por uma taxa de homicídios que aumentou 588% nos últimos cinco anos.

As pesquisas indicam que, para vencer no primeiro turno, um candidato precisa obter mais de 50% dos votos ou 40% com uma diferença de 10 pontos em relação ao segundo colocado. A expectativa é que a disputa vá para um segundo turno, marcado para 13 de abril. Noboa, que representa uma continuidade de políticas de segurança rígidas, e González, que promete uma abordagem mais social e estatal, refletem a polarização política no país, onde a figura do ex-presidente Rafael Correa ainda exerce influência.

Durante a votação, Noboa e González emitiram seus votos, mas a candidata criticou o processo eleitoral, alegando que Noboa violou a lei ao fazer campanha sem licença. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) informou que a votação ocorreu com normalidade, com 83% de comparecimento até o momento. A segurança foi reforçada, com mais de 56 mil policiais mobilizados, em resposta a um histórico de violência que culminou em assassinatos de políticos e candidatos.

As eleições são vistas como um divisor de águas para o Equador, que enfrenta uma crise de segurança sem precedentes, exacerbada por atividades de gangues e tráfico de drogas. A resposta do governo de Noboa, que inclui a militarização da segurança pública, é criticada por especialistas que apontam a necessidade de soluções mais abrangentes para os problemas sociais e econômicos do país. A contagem dos votos já começou, e os resultados preliminares devem ser divulgados nas próximas horas.

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