Washington Quaquá lança candidatura à presidência do PT e defende Fabiano Horta como vice

Vice-presidente do PT e prefeito de Maricá, Washington Quaquá anunciou sua candidatura à presidência do partido durante um evento no Circo Voador, no Rio de Janeiro, na noite de terça-feira. Ele reafirmou que o PT "não vai abrir mão" de Fabiano Horta como vice em uma possível chapa com Eduardo Paes (PSD) para o governo do Rio de Janeiro em 2026.

Embora Paes ainda não tenha confirmado sua candidatura ao Palácio Guanabara, é considerado um forte candidato. Quaquá declarou: "É Eduardo para governador e um vice de esquerda, o Fabiano Horta." Ele também mencionou Alessandro Molon como o melhor nome para o Senado, destacando suas qualidades como um católico moderado capaz de construir uma candidatura sólida.

Fabiano Horta, aliado de Quaquá, já ocupou cargos como vereador, deputado federal e prefeito de Maricá. Ele foi prefeito de 2017 a 2024, sucedendo Quaquá. A candidatura de Quaquá intensifica a disputa interna na corrente majoritária do PT, a Construindo um Novo Brasil (CNB), que também apoia Edinho Silva, favorito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O evento de lançamento contou com a presença de diversas lideranças do PT, incluindo o ex-vice-prefeito do Rio, Adilson Pires, e o ex-ministro Celso Pansera. Shows de artistas como Moacyr Luz e Neguinho da Beija Flor animaram a plateia, que também teve a participação das baterias da Mangueira e da União de Maricá, escola de samba da qual Quaquá é presidente de honra.

Edinho Silva, por sua vez, conta com o apoio de figuras influentes do PT, como José Dirceu e Fernando Haddad. Desde o ano passado, ele busca consolidar sua candidatura, enfrentando resistência de setores do partido. Em março, a corrente majoritária do PT divulgou uma nota enfatizando a necessidade de "unidade partidária", um recado claro para Edinho.

O Diretório Nacional do PT aprovou um calendário para a eleição direta, marcada para seis de julho de 2025. O novo modelo permitirá que filiados votem em urnas eletrônicas, prática não utilizada desde 2013. O Encontro Nacional do PT ocorrerá nos três primeiros dias de agosto, enquanto as reuniões estaduais estão agendadas para o final de julho.