17 de mai 2025

Portugal proíbe notícias e campanhas no dia da reflexão antes da eleição
Portugal enfrenta um "dia da reflexão" antes das eleições, com proibição de notícias e campanhas, gerando debate sobre a eficácia da lei.
Foto:Reprodução
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Hoje, Portugal celebra o "dia da reflexão" antes das eleições para o Parlamento, um evento marcado por uma lei eleitoral que proíbe campanhas e notícias políticas nas 24 horas que antecedem o pleito. Essa norma, em vigor há 50 anos, foi estabelecida em 1975, logo após a Revolução dos Cravos, que pôs fim à ditadura do Estado Novo.
Durante este dia, a cobertura midiática é suspensa, e a Comissão Nacional de Eleições permite apenas postagens em perfis fechados nas redes sociais. Assim, os cidadãos não encontram informações sobre os candidatos ou as propostas que moldarão o futuro do país. Os jornais, rádios e canais de televisão não publicam uma linha sobre as eleições, criando uma atmosfera de desconexão com a realidade política.
A legislação prevê penalidades severas, incluindo prisão de até seis meses e multas que variam de € 500 a € 5 mil. Essa restrição tem gerado debates acalorados na sociedade, com muitos, incluindo o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendendo uma revisão da regra. A evolução da internet torna a proibição ainda mais questionável, já que a informação circula de maneira rápida e ampla.
Além disso, 318 mil pessoas já votaram antecipadamente, uma semana antes do dia da reflexão, demonstrando que a vontade popular está em movimento, mesmo em um cenário de silêncio midiático. O contraste entre a atividade política intensa das semanas anteriores e a ausência de informações hoje levanta questões sobre a eficácia e a relevância da lei em um mundo digital.
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