20 de mai 2025
Policial Machado enfrenta críticas por apoio de tenente em campanha eleitoral em SP
Policial candidato a vereador em São Paulo recebe apoio de tenente, levantando preocupações sobre politização das forças de segurança.
Soldados do Batalhão da Guarda Presidencial em 2023 (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)
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O Policial Machado, candidato a vereador em São Paulo, recebeu apoio de um tenente do 8º Batalhão da Polícia Militar, o que levanta preocupações sobre o uso indevido das instituições policiais em campanhas eleitorais. O tenente declarou apoio em um vídeo, destacando o batalhão como um "QG da sua campanha".
Esse episódio é um exemplo do crescente envolvimento de policiais na política. Em 2023, o Instituto Sou da Paz registrou que Machado foi uma das 6.600 candidaturas no Brasil oriundas de forças de segurança, representando 1,5% do total. A legislação atual permite que policiais militares se candidatem enquanto ainda estão em serviço, o que gera questionamentos sobre a sobreposição de funções.
Quarentena para Policiais
Para evitar a politização das forças de segurança, tramita no Senado o projeto de lei complementar 112/2021. A proposta sugere uma "quarentena" de quatro anos para membros do Judiciário, do Ministério Público e das forças de segurança. Atualmente, policiais militares podem permanecer em atividade até dois meses antes da candidatura, o que dificulta a separação entre suas funções e a campanha.
Além disso, a legislação permite que policiais com mais de dez anos de serviço retornem às corporações após uma eventual derrota eleitoral, criando a chamada "porta giratória". Essa situação é vista como uma ameaça à estabilidade democrática, pois compromete a função das instituições de segurança pública.
Desafios da Despolitização
O desafio de despolitizar as forças de segurança é histórico no Brasil. A influência política dentro dessas instituições pode corroer sua missão de proteger a sociedade. A proposta de quarentena visa garantir que os policiais, ao ingressarem na política, estejam suficientemente afastados de suas funções anteriores, preservando a imparcialidade das instituições democráticas. Essa medida é considerada essencial para assegurar que as forças de segurança atuem como guardiãs da ordem pública e não como instrumentos de interesses políticos.
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