26 de mai 2025
Centrão se distancia de Lula e articula candidaturas para 2026 em meio a incertezas
Centrão se distancia de Lula e articula candidaturas próprias para 2026, enquanto União Brasil avança em alianças estaduais.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina decreto sobre regras de educação à distância. (Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo)
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A base de apoio do governo Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta um distanciamento crescente entre os partidos do Centrão, o que pode dificultar a formação de alianças para as eleições de 2026. A recente federação entre União Brasil e Progressistas acentua essa divisão.
Líderes do Centrão discutem a possibilidade de apoiar candidaturas próprias, como a de Tarcísio de Freitas ou Jair Bolsonaro, dependendo da força de Lula nas pesquisas. O União Brasil avança em candidaturas estaduais, afastando-se do petista. O senador Ciro Nogueira (Progressistas) afirmou que não há espaço para o União Progressista apoiar Lula em 2026, destacando que a maioria dos seus filiados não se identifica com o PT.
Movimentações no Cenário Político
O União Brasil, sob a liderança de Antônio Rueda, planeja lançar 17 candidaturas a governos estaduais e eleger 140 deputados e mais de 20 senadores. O partido já se articula para apoiar um candidato de centro-direita. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e o ex-presidente Michel Temer também buscam consolidar uma aliança de governadores de oposição.
O PSD, que possui três ministérios no governo Lula, também considera lançar um candidato à presidência. O presidente da sigla, Gilberto Kassab, mencionou nomes como Eduardo Leite e Ratinho Júnior como possíveis presidenciáveis. A relação entre o governo e o Centrão se complica, com ministros admitindo que o apoio do PDT, antes considerado certo, agora precisa ser reavaliado.
Desafios para Lula
Apesar das dificuldades, o governo Lula ainda busca fortalecer sua base. A administração aposta em medidas como a gratuidade da conta de luz e a isenção do imposto de renda para quem ganha acima de R$ 5 mil para aumentar sua popularidade. Além disso, Lula planeja intensificar sua articulação política, com viagens pelo país e encontros com parlamentares.
A reforma ministerial, prometida há meses, parece ter perdido prioridade, com integrantes do Centrão afirmando que mudanças significativas são improváveis. A insatisfação com a distribuição de ministérios e a falta de um candidato forte para 2026 indicam que o cenário político se tornará ainda mais desafiador para Lula nos próximos meses.
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