16 de jan 2025
Governador de Mato Grosso propõe monitoramento de juízes e políticos com câmeras
O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, propôs monitorar juízes e políticos. Mendes comparou policiais a magistrados, citando casos de venda de sentenças. A proposta gerou reações negativas do Judiciário, defendendo a honra das instituições. O presidente do Tribunal de Justiça, José Zuquim Nogueira, criticou a declaração. Mato Grosso já enfrenta investigações sobre corrupção no Judiciário, aumentando a tensão.
Fala de Mauro Mendes desagradou o Judiciário (Foto: Mauro Mendes/Facebook/Divulgação)
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O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), propôs que desembargadores, juízes e políticos sejam monitorados por câmeras, além dos policiais. A declaração gerou polêmica entre membros do Judiciário durante uma entrevista à Rádio CBN Cuiabá, onde Mendes comentava sobre o uso de câmeras nas fardas policiais. Ele argumentou que a maioria dos agentes é honesta, mas citou casos de magistrados que teriam vendido sentenças, sugerindo que todos deveriam ser vigiados.
O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), desembargador José Zuquim Nogueira, respondeu às declarações do governador, afirmando que Mendes questionou a honra de todos os membros do Judiciário. Em nota, Nogueira considerou as afirmações do governador irresponsáveis e um ataque gratuito às instituições do sistema de Justiça, incompatível com sua posição.
A Associação Mato-Grossense de Magistrados (Amam) também se manifestou, classificando as declarações de Mendes como "inaceitáveis". A entidade anunciou que tomará as medidas judiciais necessárias para proteger a legitimidade das instituições que sustentam a democracia, enfatizando que comparações entre policiais e juízes são infundadas e ofensivas.
A proposta do governador ocorre em um contexto de investigações sobre um suposto esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça de Mato Grosso, que envolveu a Polícia Federal e resultou no afastamento de servidores e dois desembargadores no final do ano passado. A assessoria do governador foi contatada para comentar a reação do Judiciário, mas ainda não houve retorno.
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