16 de jan 2025
IBGE enfrenta crise e nega acusações de desinformação de servidores e sindicatos
O IBGE enfrenta crise sob a gestão de Marcio Pochmann, com diretores saindo. A presidência nega críticas de servidores e anuncia mais demissões até o mês. Criação da Fundação IBGE+ gera descontentamento e acusações de autoritarismo. Mudança de sede para o Horto é contestada por ser de difícil acesso. Comunicado menciona ações judiciais contra desinformação e reafirma mudanças.
Gestão. O economista decidiu reduzir ao mínimo o trabalho remoto e vê o IBGE+ como estratégico (Foto: Dino Bueno/Prefeitura de Diadema)
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A presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) emitiu uma nota na noite de quarta-feira, 15, para rebater o que considera "mentiras" divulgadas por sindicatos e funcionários. O comunicado surge em meio à crise gerada pela gestão de Márcio Pochmann, que se intensificou nos últimos meses. A nota destaca que a "difusão e repetição constante de inverdades" exige um "posicionamento firme e esclarecedor" e condena os ataques de servidores e ex-servidores, que, segundo o IBGE, têm utilizado a internet para espalhar desinformação.
A crise no IBGE se agravou com a saída de Elizabeh Hypolito e João Hallak Neto, diretores de Pesquisas, que deixaram seus cargos devido ao "desgaste" e "decisões unilaterais" da gestão Pochmann. Servidores acusam o presidente de autoritarismo e de impor mudanças sem diálogo, como a criação da Fundação IBGE+, que críticos chamam de "IBGE Paralelo". A presidência defende que a fundação foi aprovada após debates com órgãos federais e no Conselho Diretor.
Outro ponto de tensão é a mudança do local de trabalho dos servidores, que passaram do centro do Rio de Janeiro para um prédio do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), no Horto. Os servidores alegam que o novo local é de difícil acesso. A presidência, por sua vez, afirma que as informações sobre as condições de trabalho são inverídicas e que a mudança resultará em uma economia de 84% nos custos de aluguel e manutenção.
Além disso, a presidência do IBGE negou que a criação da Fundação IBGE+ tenha sido imposta sem consulta aos profissionais. A nota afirma que houve discussões com o Conselho Diretor e que todos os diretores aprovaram a criação da fundação. A gestão também se defendeu das críticas sobre a mudança para o trabalho híbrido, afirmando que a maioria dos institutos de estatística já havia retornado ao trabalho presencial, enquanto o IBGE era uma das exceções.
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