Política

IBGE enfrenta crise interna enquanto produz dados essenciais para repasses a municípios

O IBGE enfrenta crise interna entre servidores e o presidente Marcio Pochmann. Pochmann lançou a IBGE+, fundação para captar recursos externos, gerando descontentamento. Servidores temem perda de autonomia e credibilidade com a nova fundação. Apesar da oposição, movimentos sociais apoiam Pochmann, garantindo sua permanência. IBGE produz dados essenciais que influenciam repasses federais a municípios.

Fachada do IBGE em imagem de arquivo (Foto: PAULO PINTO/ESTADÃO CONTEÚDO/AE)

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O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) enfrenta uma crise interna que opõe seus servidores ao presidente Márcio Pochmann. O instituto é responsável por produzir indicadores que influenciam a distribuição de recursos do Governo Federal aos municípios, como os royalties de petróleo e gás natural. Em janeiro, o governo pagará quase R$ 5 bilhões em royalties, sendo que o estado do Rio de Janeiro receberá mais de R$ 1 bilhão, com Maricá, Saquarema e Macaé liderando os repasses.

Os dados do censo do IBGE são fundamentais para o Fundo de Participação dos Municípios, que distribui recursos obtidos pela União a partir de impostos. O valor repassado a cada município varia conforme a população registrada. Em 2025, as prefeituras já receberam R$ 5,6 bilhões do fundo, com São Paulo recebendo R$ 17 milhões. O IBGE divulga anualmente mais de 200 indicadores, que orientam decisões de governos e empresas.

A criação da fundação IBGE+ para captar recursos externos gerou descontentamento entre os servidores, que se sentiram pegos de surpresa. Pochmann, em busca de mais recursos, se reuniu com o chefe de gabinete do Presidente da República. Atualmente, mais de 90% do orçamento do IBGE é destinado a salários, enquanto menos de 5% vai para pesquisas. O sindicato dos trabalhadores do IBGE alerta sobre a precarização e a possível perda de autonomia do instituto.

Apesar da oposição interna, Pochmann conta com o apoio de entidades como CUT, MST, MTST e UNE, que o consideram comprometido com os valores dos movimentos populares. A permanência de Pochmann no cargo é garantida pela indicação do presidente Lula, embora haja discussões sobre a situação no Planalto. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, não se sente à vontade para dispensar um indicado de Lula, o que complica ainda mais a situação.

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