26 de jan 2025
Braga Netto completa 40 dias de prisão sem ser ouvido pela Polícia Federal
Walter Braga Netto, ex ministro, está preso há 40 dias sem depoimento. Ele é o primeiro general de quatro estrelas preso no Brasil. Acusações incluem obstrução de investigações sobre golpe em 2022. Comandante do Exército, Tomás Paiva, planeja visitá lo, sem data definida. Braga Netto foi indiciado junto com Jair Bolsonaro e 35 pessoas.
Braga Netto foi preso em investigação sobre tentativa de golpe (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
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O general da reserva e ex-ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro, Walter de Souza Braga Netto, completou 40 dias de prisão preventiva sem ser convocado para depor na Polícia Federal sobre a suposta tentativa de golpe de Estado em 2022. Ele foi detido em 14 de dezembro de 2024 por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF, sendo o primeiro general de quatro estrelas a ser preso no Brasil. A Polícia Federal investiga sua tentativa de obstruir a apuração ao contatar o pai de Mauro Cid em busca de informações sobre a delação do filho.
Até o momento, Braga Netto não recebeu intimação para prestar depoimento. Sua defesa teve acesso aos documentos do inquérito na última sexta-feira, 24 de janeiro. Antes da prisão, ele foi ouvido em fevereiro de 2024, mas permaneceu em silêncio. Após a detenção, trocou de advogado e solicitou novo depoimento. O general está em uma cela adaptada no quartel do chefe de Estado-Maior da 1ª Divisão do Exército, no Rio, com condições de conforto, podendo receber visitas restritas.
A prisão de Braga Netto será reavaliada após 90 dias, conforme o Código de Processo Penal, que também estipula prazos para a conclusão do inquérito e apresentação de denúncia pelo Ministério Público. Embora não haja um prazo fixo para a PF ouvir depoimentos, é comum que isso ocorra antes da finalização das investigações, que podem ser prorrogadas. A investigação sobre a tentativa de golpe segue sob sigilo, e a PF já apresentou um relatório final, mas um relatório complementar ainda é esperado.
Braga Netto foi indiciado junto com Bolsonaro e outras 35 pessoas, sob suspeita de organização criminosa e tentativa de golpe de Estado. O comandante do Exército, Tomás Paiva, planeja visitar o general, embora a data ainda não tenha sido definida. A investigação revela que Braga Netto teria articulado ataques ao comandante em 2022, com ordens para disparar mensagens que visavam denegrir sua reputação, insinuando vínculos com o PT.
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