Política

Ministro Flávio Dino intensifica investigações sobre emendas parlamentares e ONGs

O ministro Flávio Dino suspendeu recursos para 13 ONGs por falta de transparência. Quatro fundações foram liberadas após auditoria da Controladoria Geral da União (CGU). Dino estabeleceu prazo de 30 dias para normas de prestação de contas serem criadas. Investigação sobre emendas parlamentares busca aumentar a rastreabilidade dos repasses. A decisão visa reforçar a credibilidade das ONGs e combater desvios de recursos.

Sucessor. Hugo Motta conta com o apoio de Arthur Lira e também da bancada do PT (Foto: Douglas Gomes/Republicanos na Câmara)

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O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), intensificou sua atuação no controle das emendas parlamentares, suspendendo recursos destinados a 13 ONGs que não cumpriam normas de transparência. A decisão, tomada em 3 de janeiro, baseou-se em um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) que avaliou 33 entidades. Desde então, quatro fundações de apoio a pesquisas tiveram suas emendas liberadas após auditoria que não encontrou irregularidades. Contudo, seis organizações permanecem sem acesso aos recursos devido a pendências.

Dino estabeleceu um prazo de 30 dias para que os governos federal e estaduais definam diretrizes sobre a prestação de contas das emendas. A medida é amplamente apoiada por organizações da sociedade civil, que veem a busca por transparência como essencial para a credibilidade do setor. Guilherme France, da Transparência Internacional Brasil, destacou que a maioria das ONGs atua de forma íntegra, mas algumas têm sido usadas para desvio de recursos.

A questão das emendas parlamentares é um tema recorrente no STF desde 2022, quando a então ministra Rosa Weber declarou inconstitucionais as "emendas do relator", que permitiam repasses sem critérios claros. O presidente da Câmara, Arthur Lira, adaptou o sistema, permitindo transferências por meio de emendas de comissão, mas enfrenta resistência do STF, que exige rastreamento rigoroso dos gastos. A CGU identificou que essas emendas operam de maneira semelhante ao antigo "orçamento secreto".

A Operação Overclean, deflagrada pela Polícia Federal, investiga desvios de R$ 1,4 bilhão em contratos relacionados a emendas parlamentares, envolvendo figuras políticas e empresários. O caso, que inclui o deputado Elmar Nascimento, levanta preocupações sobre a gestão de recursos públicos. O debate sobre a necessidade de um novo marco regulatório para a sociedade civil e a proposta de um regime semipresidencialista, defendida por Gilmar Mendes, também emergem no contexto das investigações e do controle orçamentário no Brasil.

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