31 de jan 2025
A esquerda enfrenta dilemas: identitarismo ou foco nas necessidades sociais?
A esquerda se divide entre a vertente tradicional, focada nos pobres, e a identitária, que prioriza minorias. O podcast de Vanessa Barbara gerou polêmica, revelando a intolerância da esquerda identitária. O denuncismo prevalece, onde a vítima é sempre considerada certa, sem provas. Cancelamentos atingem figuras da esquerda, evidenciando a falta de diálogo interno. A esquerda identitária ignora questões sociais essenciais, como segurança e moradia.
Silvio Almeida (Foto: Flickr do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania/Divulgação)
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A atual esquerda brasileira se divide em duas vertentes: a tradicional, que prioriza os direitos dos pobres, e a identitária, que foca nas minorias. Embora muitos acreditem que ambas compartilhem objetivos semelhantes, essa visão é um erro. A esquerda tradicional é universalista, buscando igualdade e direitos para todos, enquanto a vertente identitária é particularista, promovendo a ideia de que as minorias são moralmente superiores e desejando a vitória dessas sobre a maioria.
Atualmente, a esquerda identitária domina o discurso, impondo sua agenda com uma abordagem intolerante a comportamentos considerados reprováveis. O fenômeno do denuncismo se destaca, onde a vítima é sempre vista como correta, levando a condenações públicas sem a devida investigação. Um exemplo recente é o caso do ex-ministro Silvio Almeida, que enfrenta acusações de assédio sem ter sido ouvido, refletindo a urgência de um julgamento moral.
A polêmica envolvendo a escritora Vanessa Barbara, que relatou um episódio de traição e fez acusações de misoginia contra seu ex-marido, exemplifica como o cancelamento se tornou uma prática comum entre os membros da esquerda. Aqueles que tentaram ponderar sobre a situação também foram alvo de cancelamento, evidenciando que essa dinâmica ocorre dentro de uma bolha ideológica.
Por fim, a esquerda identitária, ao se concentrar em questões como patriarcado e microagressões, ignora problemas fundamentais que afetam os mais pobres, como segurança, habitação e saúde. Essa desconexão com as necessidades reais da população pode comprometer seu futuro, caso não haja uma reavaliação de suas prioridades e uma superação do identitarismo.
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