07 de fev 2025
Hugo Motta descarta impeachment de Lula e minimiza ataques de 8 de janeiro como vandalismo
Hugo Motta minimizou os ataques de 8 de janeiro, negando tentativa de golpe. Ele defendeu que punições não devem ser exageradas para quem não cometeu crimes graves. Motta sinalizou diálogo sobre projeto de anistia, gerando tensão com Judiciário e Executivo. Críticas de líderes progressistas surgiram após suas declarações, destacando a gravidade dos atos. O presidente da Câmara busca equilíbrio entre as pressões políticas, mantendo a isenção.
Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta em seu Gabinete (Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo)
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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), descartou a possibilidade de pautar pedidos de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmando que isso traria "mais instabilidade" ao Brasil. Em entrevista à rádio Arapuan FM, Motta destacou que Lula foi legitimamente eleito e deve corresponder à confiança da população. A oposição, especialmente bolsonaristas, tem utilizado a recente decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de bloquear R$ 6 bilhões do programa Pé-de-Meia como argumento para os pedidos de impeachment, alegando "pedalada fiscal".
Motta também se manifestou sobre os eventos de 8 de janeiro, classificando-os como uma "agressão às instituições", mas negou que tenham sido uma tentativa de golpe. Ele argumentou que um golpe requer liderança e apoio de instituições, o que não ocorreu. O presidente da Câmara defendeu que as punições aos condenados devem ser proporcionais, evitando excessos, como penas severas para aqueles que não cometeram atos graves durante os protestos.
Em sua primeira semana no cargo, Motta abordou a necessidade de um debate "sereno" sobre a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro e a importância de tratar as emendas parlamentares com transparência. Ele criticou a condução da política econômica do governo, afirmando que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem enfrentado dificuldades e que o governo precisa de decisões mais estratégicas para garantir crescimento e previsibilidade.
As declarações de Motta provocaram reações de políticos do campo progressista, que consideraram suas falas um "verdadeiro absurdo". O novo líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, e a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) contestaram a minimização dos atos de 8 de janeiro, reiterando que houve uma tentativa de golpe, com Bolsonaro como responsável. A tensão entre Motta e a oposição pode complicar sua gestão, especialmente em relação à proposta de anistia aos condenados pelos ataques.
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