Câmara Municipal de São Paulo adia indicações e posterga início das votações

Ricardo Teixeira (União), presidente da Câmara Municipal de São Paulo, adiou em uma semana o prazo para a indicação de vereadores como membros titulares e suplentes das comissões. A decisão, tomada nesta terça-feira (11), resultou em um atraso no início da votação de projetos, que deve ocorrer, pelo menos, na próxima semana. O adiamento foi solicitado por Toninho Vespoli (PSOL) e permitirá que os partidos definam melhor os nomes de seus representantes nas 15 comissões da Casa, que abordam temas como transporte público, educação e cultura.

Atualmente, a Câmara Municipal de São Paulo possui 150 projetos aguardando votação. De acordo com o regulamento, os textos só podem ser analisados pelo plenário após a definição dos membros das comissões. Além das propostas, há também oito pedidos de moção e 11 solicitações de CPI que dependem dessa definição para seguirem adiante. A reunião do Colégio de Líderes foi transferida para o Salão Nobre, após um público acima da média na última semana, reservando espaço para mais vereadores.

A disputa pelo comando da Comissão de Constituição e Justiça promete ser acirrada, com partidos como MDB, PL e União Brasil demonstrando interesse na presidência. A Comissão de Administração Pública também é alvo de especulações, com PL e PT buscando o controle sobre questões relevantes, como problemas em cemitérios privatizados. O PT espera manter a liderança em duas comissões, incluindo Finanças e Orçamento e Direitos Humanos e Cidadania, com discussões internas sobre a continuidade de Jair Tatto e Luna Zarattini à frente desses grupos.

Embora a Câmara ainda não vote projetos, deve iniciar a análise de vetos do prefeito, conforme proposto por Trípoli (PV). Teixeira apoiou essa proposta e indicou que a Casa começará as análises em plenário na próxima semana. A formação das comissões é crucial, pois também determinará a abertura de CPIs sobre temas como habitação, alagamentos e tarifas de água cobradas pela Sabesp.