15 de jan 2025
Pagamentos indevidos do BPC somam R$ 14,5 bilhões e preocupam equipe econômica
O governo discute novas medidas fiscais, focando no Benefício de Prestação Continuada (BPC). Ex presidente do INSS, Leonardo Rolim, aponta R$ 14,5 bilhões em gastos indevidos. Beneficiários do BPC aumentaram 33% entre junho de 2021 e outubro de 2024. Lula vetou mudanças que poderiam reformar o BPC e garantir sua sustentabilidade. Críticas ao veto refletem preocupações com o equilíbrio das contas públicas.
Agência do INSS na Zona Norte do Rio (Foto: Fabio Rossi / Agência O Globo)
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Integrantes do governo brasileiro iniciaram 2024 discutindo a necessidade de novas medidas fiscais, com foco no Benefício de Prestação Continuada (BPC). Este benefício, que oferece um salário mínimo a idosos e deficientes de baixa renda, enfrenta críticas por atender a um público que não se encaixa no perfil original. O ex-presidente do INSS, Leonardo Rolim, aponta que o Tesouro gasta anualmente R$ 14,5 bilhões com pagamentos indevidos, representando 12% do total destinado ao BPC.
Entre junho de 2021 e outubro de 2024, o número de beneficiários cresceu 33%, passando de 4,71 milhões para 6,3 milhões. Esse aumento alarmou a equipe econômica, levando a propostas de mudanças na gestão do BPC, que foram incluídas no pacote fiscal do ano anterior. No entanto, houve resistência no Congresso e do presidente Lula, resultando em uma redução pela metade da estimativa de economia de R$ 2 bilhões.
A proposta original do Ministério da Fazenda incluía a distinção entre deficiências "moderada" e "grave" para a concessão do benefício, o que poderia limitar a atuação da Justiça, responsável por um terço das concessões. Apesar do apoio na Câmara dos Deputados, Lula vetou essa medida, visando facilitar a aprovação do pacote no Senado. O veto foi criticado por Paulo Tafner, economista especializado em Previdência, que o considerou um ato de irresponsabilidade.
A retirada de propostas de reforma do BPC representa uma oportunidade perdida para melhorar um programa social vital. O crescimento contínuo dos gastos com o BPC pode prejudicar aqueles que realmente necessitam do benefício, levantando preocupações sobre a sustentabilidade do programa. Dada a sua importância, a discussão sobre o BPC deve ser retomada neste ano.
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