Política

Relação entre Lula e militares continua tensa e marcada por desconfiança mútua

O governo Lula enfrenta tensões com os militares após os ataques de 8 de janeiro. O ministro da Defesa, José Múcio, pediu demissão devido à falta de apoio governamental. Um vídeo da Marinha provocou irritação em Lula, intensificando a crise militar. Mudanças na Previdência das Forças Armadas geram descontentamento entre oficiais. A saída de Múcio pode agravar a relação entre o governo e os militares, já fragilizada.

ENCENAÇÃO - O presidente e os comandantes das Forças: tranquilidade em público, tensões nos bastidores (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

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O presidente Lula promoveu uma cerimônia no Palácio do Planalto para marcar os dois anos dos ataques de 8 de janeiro, reunindo representantes dos Três Poderes, apesar da ausência dos chefes do Legislativo e do Judiciário. Entre os presentes estavam o ministro da Defesa, José Múcio, e os comandantes das Forças Armadas, que enfrentam tensões com o governo. O evento, organizado pela primeira-dama Rosângela da Silva, teve um tom político, o que gerou desconforto entre os militares, que se sentiram expostos a possíveis hostilidades.

A relação entre o governo e os militares é marcada por desconfiança. Múcio, que busca aproximar as partes, enfrenta críticas internas e pressões para punir militares envolvidos em investigações sobre a tentativa de golpe. Recentemente, o governo anunciou mudanças na Previdência das Forças Armadas, um tema sensível que provocou reações adversas entre os oficiais. A proposta de ajuste fiscal, que inclui as Forças Armadas, é vista como inaceitável pela maioria dos militares.

Um episódio recente envolvendo a Marinha, que divulgou um vídeo considerado provocativo, gerou irritação em Lula e complicou ainda mais a relação. O ministro Múcio, que se tornou alvo de críticas, pode deixar o cargo, o que preocupa a cúpula militar. Nomes como Ricardo Lewandowski, Geraldo Alckmin e Rodrigo Pacheco são cotados para substituí-lo, mas a nova liderança enfrentará desafios significativos.

As Forças Armadas, com um orçamento de R$ 133 bilhões para 2024, enfrentam dificuldades financeiras, especialmente em relação ao treinamento e modernização de equipamentos. Múcio criticou um veto do governo à aquisição de viaturas blindadas de uma empresa israelense, destacando a insatisfação com a falta de recursos. A situação se complica com a iminente saída de Múcio, que atuou como mediador em um ambiente de crescente tensão entre os militares e o governo.

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