Política

Múcio critica 'imprudência' da Marinha e detalha pressão para permanecer na Defesa

José Múcio Monteiro decidiu permanecer no cargo após apelos de Lula e militares. Vídeo da Marinha questionou "privilégios" e irritou o ministro da Fazenda, Haddad. Múcio classificou o vídeo como "imprudência" e pediu mea culpa do comandante. Corte de R$ 2 bilhões nas Forças Armadas gerou tensão entre governo e militares. Críticas ao vídeo refletem descontentamento com cortes e desafios da Defesa.

Ministro da Defesa, José Monteiro Múcio, em cerimônia com comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica (Foto: Gabriel de Paiva)

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José Múcio Monteiro decidiu permanecer no Ministério da Defesa após apelos do presidente Lula e da cúpula militar, que argumentaram que sua saída comprometeria a pacificação entre as Forças Armadas e o governo. Desde dezembro, quando Múcio solicitou sua saída, os comandantes militares demonstraram preocupação com a falta de um sucessor que mantivesse a credibilidade e as relações construídas nos últimos dois anos. O ministro enfatizou que seu substituto precisaria ter paciência e disposição para o diálogo, evitando projetos políticos que pudessem prejudicar essa relação.

Recentemente, Múcio criticou um vídeo da Marinha que questionava se a vida militar tinha "privilégios", publicado após o anúncio de cortes nas despesas das Forças Armadas. Ele classificou a postagem como uma "imprudência" e um erro inoportuno, ressaltando que o comandante da Marinha, Marcos Sampaio Olsen, reconheceu o erro em reunião com Lula. O vídeo, que gerou desconforto entre os ministros, comparava a vida de militares com a de civis e foi visto como uma crítica ao pacote fiscal que afeta os militares.

O vídeo, que celebrava o Dia do Marinheiro, foi apagado duas semanas após sua publicação, mas não antes de causar polêmica. Múcio mencionou que a gravação irritou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que se sentiu atacado por uma das figuras no vídeo que supostamente se parecia com ele. A proposta de reforma da aposentadoria militar, que estabelece uma idade mínima de 55 anos, foi um dos pontos centrais da discussão entre os militares e o governo.

A repercussão do vídeo levou a críticas de políticos, incluindo a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que considerou a publicação um "grave erro". A nota da comunidade na rede X destacou que os militares recebem benefícios e salários superiores à média da população, enquanto muitos brasileiros enfrentam longas jornadas de trabalho. Além disso, informações indicam que Múcio não foi consultado sobre o conteúdo do vídeo, que foi considerado inconveniente e um "tiro no pé" pela Esplanada dos Ministérios.

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