19 de jan 2025
Romeu Zema critica decreto federal e defende autonomia das polícias estaduais
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, criticou decreto federal sobre segurança. Zema defende que estados têm normas eficazes e autonomia na segurança pública. Ele propõe detenção de reincidentes e mandados automáticos para tornozeleiras rompidas. Minas Gerais possui uma das menores taxas de criminalidade do Brasil, segundo Zema. O governador ressalta que soluções devem considerar as realidades locais de cada estado.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Foto: João Marcos Rosa/Nitro)
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O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, manifestou sua oposição às novas diretrizes do governo federal sobre o uso de armas e abordagens policiais. Um decreto recente e uma portaria do Ministério da Justiça visam promover o uso de armas não letais, com o objetivo de diminuir a taxa de mortalidade em ações policiais. Em entrevista à revista VEJA, Zema argumentou que o governo deveria focar mais na vigilância das fronteiras e no combate à impunidade, afirmando que o país está “enxugando gelo” na segurança pública.
Zema criticou a proposta, considerando-a desnecessária, uma vez que os estados já possuem suas próprias normas de atuação policial. Ele destacou que Minas Gerais apresenta uma das menores taxas de criminalidade do Brasil e uma polícia menos letal. O governador comparou a situação a dar a mesma aula de recuperação a alunos com desempenhos muito diferentes, enfatizando que o Brasil não deve adotar regras uniformes sem considerar as particularidades de cada estado.
O governador também se posicionou contra a ideia de que as novas regras ajudariam a reduzir a letalidade policial. Ele defendeu que o foco deve ser na proteção dos policiais e no combate ao crime organizado, que traz armamento pesado e drogas para o país. Zema mencionou que a letalidade em Minas é comparável à de países desenvolvidos e criticou a reação do Ministério da Justiça, que considerou “exacerbada” a oposição de governadores com baixas taxas de criminalidade.
Além disso, Zema apresentou propostas para melhorar a segurança, como a necessidade de que reincidentes não tenham acesso a benefícios e a implementação de mandados de prisão automáticos para quem romper tornozeleiras eletrônicas. Ele argumentou que as forças de segurança devem ter autonomia para agir, e que a imposição de câmeras corporais e armas não letais deve ser avaliada de acordo com a realidade de cada estado, respeitando a privacidade de policiais e cidadãos.
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