Política

Colômbia declara estado de emergência no Catatumbo para combater a violência crescente

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, declarou estado de emergência em 24 de janeiro. A medida visa enfrentar a violência no Catatumbo, com 80 mortos e 36 mil deslocados. O estado de emergência permite restrições de direitos e poderes legislativos extraordinários. A crise é resultado de confrontos entre o ELN e dissidentes das FARC, sem acordo de paz. A oposição critica a medida, temendo que sirva para aprovar leis sem Congresso.

"O presidente Gustavo Petro e membros do governo nacional durante o voo para Tibú (Norte de Santander), em 17 de janeiro de 2025. (Foto: Presidência da República)"

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O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, declarou um estado de emergência no nordeste do país, especificamente na região do Catatumbo, em resposta a uma escalada de violência entre a guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN) e dissidentes das extintas FARC. A medida, que não era utilizada há mais de uma década, foi anunciada em 24 de janeiro e concede ao governo poderes legislativos extraordinários por um período inicial de 90 dias, podendo ser prorrogada até duas vezes. O objetivo é restabelecer a ordem pública e lidar com os impactos da violência, que resultaram em pelo menos 80 mortes e 36 mil deslocados nos últimos dias.

O decreto permite ao governo restringir direitos, como a liberdade de circulação e a imposição de toques de recolher. O governo argumenta que a situação no Catatumbo, marcada por confrontos violentos, exige medidas excepcionais, já que as autoridades convencionais não são suficientes para conter a crise. O estado de emergência também se estende a áreas adjacentes, como a capital de Norte de Santander, Cúcuta, que recebeu um grande número de deslocados, e outros municípios próximos.

O ministro do Interior, Juan Fernando Cristo, afirmou que a medida visa atender as comunidades afetadas, especialmente os deslocados, além de promover investimentos sociais em uma região com baixa presença estatal. O governo também pretende fortalecer as capacidades militares, incluindo a interceptação de comunicações e o controle sobre a produção de coca. No entanto, a decisão gerou críticas da oposição, que teme que o estado de emergência seja usado como justificativa para aprovar leis que não passaram pelo Congresso.

Petro respondeu às críticas, afirmando que o decreto não será utilizado para fins políticos, mas sim para financiar melhorias na região e defender a soberania nacional. O governo agora deve emitir decretos específicos para implementar as medidas necessárias, que estarão sujeitas à revisão da Corte Constitucional nas semanas seguintes.

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