Gustavo Petro autoriza bombardeios contra Clã do Golfo e elimina líderes do narcotráfico

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anunciou uma operação militar com bombardeios aéreos contra o Clã do Golfo, um dos maiores cartéis de drogas do país, na localidade de Segovia, no departamento de Antioquia. A ação, que ocorreu na terça-feira, 25, resultou na morte de nove integrantes do grupo, incluindo dois líderes, e na apreensão de treze fuzis. Petro destacou em uma publicação na rede social X que a unidade atacada já havia participado de emboscadas contra as forças armadas.

Entre os mortos, estavam Manuel Alexander Ariza Rosario, conhecido como Hitler, e Jairo Julio Hoyos, apelidado de Neymar, que era o segundo em comando do Exército Gaitanista Colombiano. A operação foi motivada pelo envolvimento do Clã do Golfo em crimes graves, incluindo o assassinato de um líder social local, Jaime Gallego, conhecido como Mongo. O Ministério da Defesa também informou que 300 kg de maconha foram apreendidos durante a ação.

Este foi o terceiro bombardeio autorizado por Petro contra grupos de narcotráfico, após uma suspensão temporária dessa estratégia. O ministro da Defesa, Pedro Sánchez, afirmou que os bombardeios não foram cancelados permanentemente e que a decisão do presidente está alinhada com a proteção da vida, mas que a força aérea está disponível para agir conforme o Direito Internacional Humanitário.

A operação ocorre em um contexto de crescente insegurança na Colômbia, que enfrenta sua pior crise de segurança em uma década. O Clã do Golfo, que se expandiu durante a administração de Petro, é responsável por diversas atividades ilícitas, como tráfico de drogas e extorsão. A produção de cocaína no país atingiu um recorde em 2023, com 2,6 mil toneladas, segundo a ONU.