28 de jan 2025
Espanha estende veto a vendas de empresas estratégicas para estrangeiros até 2026
O governo da Espanha prorrogou poderes para bloquear aquisições estrangeiras até 2026. Medida visa proteger setores estratégicos de riscos de segurança nacional. Poderes foram inicialmente adotados durante a pandemia para evitar compras de empresas. Exemplo de bloqueio inclui a oferta da Ganz Mavag pela fabricante Talgo. Governo também planeja taxar em 100% estrangeiros que comprarem imóveis na Espanha.
Região central de Madri: governo espanhol quer barrar a venda de empresas estratégicas para estrangeiros (Foto: Manaure Quintero/Bloomberg)
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A Espanha decidiu prorrogar até 31 de dezembro de 2026 os poderes que permitem ao governo bloquear a aquisição de empresas consideradas estratégicas por investidores estrangeiros. A medida, que havia expirado recentemente, visa proteger setores estratégicos contra riscos de segurança, especialmente de investidores não europeus, conforme comunicado oficial do governo.
Esses poderes foram inicialmente implementados durante a pandemia, quando havia preocupações sobre a possibilidade de investidores estrangeiros adquirirem empresas espanholas que tiveram suas avaliações reduzidas. O primeiro-ministro Pedro Sanchez e seus ministros utilizaram essa autoridade para bloquear aquisições, como a proposta de compra da fabricante de trens Talgo pela empresa húngara Ganz-Mavag Europe Zrt.
Além disso, o governo supervisionou a tentativa da Saudi Telecom de aumentar sua participação na Telefónica de forma não negociada. A prorrogação dos poderes também se alinha com as iniciativas de Sanchez para restringir a entrada de compradores estrangeiros no mercado imobiliário espanhol, incluindo a proposta de taxar em 100% a compra de imóveis por cidadãos de fora da União Europeia.
Essas medidas refletem uma onda protecionista na Espanha, que busca proteger sua economia e setores estratégicos em um cenário de crescente interesse estrangeiro. O governo também anunciou que pagará até US$ 2,2 bilhões para aumentar sua participação na Telefónica, evidenciando a estratégia de fortalecer o controle sobre ativos essenciais.
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