03 de fev 2025
Brasil adota cautela e pode lucrar com guerra comercial dos Estados Unidos
O governo brasileiro adota cautela na guerra comercial dos EUA com outros países. Assessores afirmam que o Brasil deve monitorar ações concretas antes de reagir. Retaliações do Canadá e México e ação da China na OMC são esperadas. Brasil pode se beneficiar se EUA aumentarem tarifas sobre produtos da UE. Aumento de importações da China durante governo Trump pode favorecer o Brasil.
Donald Trump durante discurso nesta semana (Foto: Reprodução/TV Globo)
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O governo brasileiro adotou uma postura de cautela em relação ao início da guerra comercial dos Estados Unidos com México, Canadá e China. A orientação é de "não sofrer por antecedência", aguardando ações concretas contra o Brasil na área comercial. Assessores presidenciais acreditam que o país não deve entrar no jogo de ameaças de Donald Trump antes que medidas efetivas sejam tomadas.
A expectativa é que os Estados Unidos não tomem ações contra o Brasil, já que retaliar o país não faria sentido, especialmente em relação aos demais membros do Mercosul, que possuem uma Tarifa Externa Comum. A Argentina, sob a liderança de Javier Milei, é aliada de Trump, o que pode influenciar a dinâmica comercial na região.
A equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está monitorando de perto a situação, especialmente após as medidas retaliatórias anunciadas por Canadá e México. A China também planeja entrar com uma ação contra o governo Trump na Organização Mundial do Comércio (OMC), o que pode impactar o cenário global.
O Brasil pode se beneficiar dessa guerra comercial, uma vez que, durante o primeiro governo de Trump, o aumento das alíquotas de importação de produtos chineses resultou em um aumento das importações brasileiras pela China. Além disso, se os Estados Unidos elevarem as tarifas sobre produtos da União Europeia, os produtores brasileiros poderão aproveitar essa oportunidade, facilitando um possível acordo entre europeus e Mercosul.
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