Política

Governo Lula critica tarifas de Trump e avalia impactos no comércio bilateral

O governo Lula criticou tarifas de 25% dos EUA sobre aço e alumínio, consideradas injustificáveis. Brasil, maior exportador de aço semi acabado para os EUA, busca novas oportunidades comerciais. União Europeia retaliou com tarifas de 26 bilhões de euros, intensificando tensões comerciais. Acordo Mercosul UE pode ser acelerado, mas enfrenta riscos de oposição interna e externa. A aproximação de Javier Milei com Trump pode complicar a integração sul americana e o Mercosul.

Donald Trump (Foto: Samuel Corum/Getty Images)

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O governo de Lula criticou as novas tarifas de 25% sobre importações de aço e alumínio dos Estados Unidos, anunciadas por Donald Trump. O Ministério das Relações Exteriores classificou a medida como “injustificável”, ressaltando que o Brasil e os EUA têm um histórico de cooperação econômica, com um superávit de R$ 7 bilhões em 2024. O Brasil é o maior exportador de aço semi-acabado para os EUA, representando 60% das importações desse insumo.

As tensões comerciais se intensificaram também entre os EUA e a União Europeia, que anunciou tarifas de 26 bilhões de euros em resposta às sobretaxas americanas. Analistas acreditam que a guerra comercial pode acelerar o acordo entre a UE e o Mercosul, que ainda precisa ser ratificado. Trump criticou a UE, chamando-a de “hostil” e ameaçou tarifas de 200% sobre vinhos e bebidas alcoólicas da França.

No Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo não retaliará imediatamente, destacando a importância de negociações. Uma equipe técnica se reunirá com representantes da administração Trump para discutir as tarifas. O impacto econômico pode resultar em uma perda de 1,5 bilhão de dólares para os exportadores brasileiros em 2025, com uma queda de quase 700 mil toneladas na produção.

O professor Alberto do Amaral destacou que a busca por novos mercados se torna urgente, especialmente com o acordo Mercosul-UE. Em 2024, o Brasil exportou 48,27 bilhões de dólares para a UE, enquanto as exportações para os EUA somaram 40,36 bilhões de dólares. Contudo, o embaixador José Alfredo Graça Lima expressou ceticismo sobre o acordo, citando a resistência na França e a possibilidade de a Argentina, sob Javier Milei, se afastar do Mercosul em favor de acordos com os EUA.

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