Política

Diplomata analisa relação Brasil-EUA e incertezas sobre agenda de Trump

O Brasil enfrenta um déficit comercial com os Estados Unidos, complicando negociações. Lula pretende recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra tarifas. O Congresso americano resiste a decisões da OMC que prejudicam seus interesses. O órgão de apelação da OMC está inativo desde 2019, dificultando recursos. Taxar produtos americanos pode prejudicar o Brasil, afetando importadores locais.

Graça Lima: o Brasil tentar retaliação com tarifas seria dar um tiro no pé (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Graça Lima: o Brasil tentar retaliação com tarifas seria dar um tiro no pé (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

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O Brasil enfrenta um desafio significativo ao tentar convencer os Estados Unidos a rever as taxas de importação, especialmente sob a administração de Donald Trump. Atualmente, o país apresenta um déficit comercial com os americanos, o que torna improvável uma mudança nas tarifas sem um incentivo claro. A disposição de Trump para negociar dependerá de ganhos que vão além do comércio, como o controle da imigração e do tráfico de drogas, que ele já conseguiu com o Canadá e o México.

A questão central é se Trump possui uma agenda específica para o Brasil que possa levar à flexibilização das tarifas. Até o momento, não há indícios de que isso ocorra. Trump tende a simplificar a questão das tarifas, focando em produtos e setores, e não em países. Um exemplo disso é a sua postura em relação ao etanol, que pode ser afetado por essas taxas.

A possibilidade de o Brasil retaliar com tarifas sobre produtos americanos é considerada arriscada. Essa estratégia poderia resultar em um efeito negativo para o próprio Brasil, uma vez que os importadores locais arcariam com os custos. Além disso, muitas empresas brasileiras dependem do comércio com os Estados Unidos, especialmente no setor industrial, o que tornaria essa medida impopular.

O presidente Lula considera recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) como uma alternativa. No entanto, essa abordagem enfrenta obstáculos, já que os Estados Unidos, membros da OMC, frequentemente ignoram decisões contrárias aos seus interesses. Desde 2019, o órgão de apelação da OMC não está funcionando devido à pressão americana, complicando ainda mais a situação para o Brasil.

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