05 de fev 2025
Apoio à reeleição de Rodrigo Bacellar divide o PSOL na Alerj e gera polêmica interna
O PSOL apoiou a reeleição de Rodrigo Bacellar na Alerj, gerando divisões internas. A chapa vencedora obteve 100% dos votos, um feito inédito na Assembleia. O apoio do PSOL foi condicionado a acordos sobre cadeiras em comissões. Críticas surgiram, com pedidos de desculpas à militância pela decisão tomada. A liderança do PSOL defende que o acordo fortalece a participação em debates estratégicos.
Rodrigo Bacellar é reeleito presidente da Alerj (Foto: Felipe Grinberg / Agência O Globo)
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O voto favorável dos cinco deputados estaduais do PSOL à reeleição de Rodrigo Bacellar (União) na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) gerou divisões internas no partido. Enquanto uma ala critica a negociação de cadeiras em comissões em troca de apoio, outra defende que o acordo fortalece a atuação do PSOL na fiscalização e oposição ao governo de Cláudio Castro. A chapa de Bacellar foi a única a concorrer, já que ele obteve apoio de outros partidos, levando o PSOL a decidir entre apoiar ou se abster.
As conversas entre Bacellar e a bancada do PSOL resultaram na manutenção de cadeiras nas comissões de Direitos Humanos, Combate ao Racismo e Mulheres, além da presidência de outras duas. O apoio foi confirmado na manhã da eleição da Mesa Diretora, após aprovação da direção estadual do PSOL por nove votos a três. O debate sobre essa decisão se estendeu às redes sociais, com críticas do deputado federal Glauber Braga, que teme um racha no partido e pede um pedido de desculpas à militância.
Flavio Serafini, líder do PSOL na Alerj, defendeu a decisão, afirmando que foi discutida internamente e que o fortalecimento de Bacellar é simbólico, mas permitirá maior participação em debates importantes, como a adesão do Rio ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag). A deputada Dani Monteiro ressaltou que o voto foi uma estratégia para garantir espaços de fiscalização, enquanto o deputado Yuri Moura criticou as declarações de Glauber, enfatizando a importância das articulações internas para a oposição ao governo.
O posicionamento do PSOL, embora controverso, reflete uma estratégia de atuação no parlamento, buscando garantir espaços de influência e fiscalização, mesmo diante de um cenário político desafiador. A situação evidencia a complexidade das decisões partidárias e a necessidade de um equilíbrio entre a militância e a direção do partido.
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