05 de fev 2025
PEC do semipresidencialismo avança com 180 assinaturas em busca de apoio parlamentar
O deputado Luiz Carlos Hauly já possui 180 assinaturas para a emenda. A proposta visa um Brasil semipresidencialista, aumentando o poder do Congresso. O primeiro ministro, escolhido pelo Congresso, controlaria o Orçamento. O novo presidente da Câmara, Hugo Motta, apoia a discussão do modelo. A proposta surge em meio a tensões entre Legislativo e Judiciário sobre emendas.
Deputado Luiz Carlos Hauly em sua posse (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)
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O deputado federal Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR) conseguiu reunir o número necessário de assinaturas para protocolar uma proposta de emenda à Constituição que transformaria o Brasil em um país semipresidencialista. Com cerca de 180 apoiadores, o mínimo exigido é de 171, mas Hauly pretende aguardar até alcançar 300 signatários antes de protocolar oficialmente a proposta. O modelo semipresidencialista prevê que o presidente da República compartilhe o poder com um primeiro-ministro, escolhido pelo Congresso.
Nesse novo arranjo, o primeiro-ministro teria a responsabilidade de definir o plano de governo e controlar o Orçamento, enquanto o presidente ficaria com a prerrogativa de dissolver a Câmara dos Deputados em situações de crise política e convocar o Congresso Nacional em caráter extraordinário. Além disso, o chefe de Estado manteria a autoridade para nomear ministros do Supremo Tribunal Federal e outros tribunais superiores, assim como chefes de missões diplomáticas e diretores do Banco Central.
A proposta ganhou força após o novo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), manifestar apoio ao debate sobre o modelo parlamentarista. A discussão já havia sido considerada durante a gestão de Arthur Lira (PP-AL), que chegou a criar um grupo de trabalho para explorar o tema. Desde o último sábado, Hauly tem buscado apoio entre os colegas, aumentando o número de assinaturas de 134 para 180.
A pauta do semipresidencialismo volta a ser relevante em um contexto de tensão entre o Legislativo e o Judiciário, especialmente em relação à destinação das emendas parlamentares. A proposta de Hauly pode ser vista como uma resposta a essa dinâmica, buscando fortalecer o papel do Congresso em relação ao Executivo.
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