05 de fev 2025
Trump assina decreto que proíbe mulheres trans de competirem em esportes femininos
Donald Trump assinou ordem executiva que proíbe mulheres trans em esportes femininos. A medida ameaça cortar financiamento federal de escolas que não a cumprirem. Críticos denunciam discriminação, enquanto defensores alegam proteção ao esporte feminino. A ordem reflete a agenda conservadora de Trump e sua campanha presidencial de 2024. A decisão pode enfrentar desafios legais e intensificar o debate sobre direitos trans.
"Donald Trump, na sala Leste da Casa Branca, com meninas, adolescentes e mulheres atrás, durante a cerimônia de assinatura do decreto. (Foto: Leah Millis/REUTERS)"
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025, uma ordem executiva que proíbe a participação de mulheres e meninas transgênero em competições esportivas femininas. Intitulada “Mantendo homens fora do esporte feminino”, a medida reflete uma das promessas centrais de sua campanha presidencial de 2024, que se opõe aos direitos da comunidade trans. Durante a cerimônia, Trump afirmou: “A guerra contra os esportes femininos acabou”, destacando seu compromisso em proteger o que considera uma “tradição orgulhosa” das atletas.
A nova diretriz estabelece que instituições educacionais que permitirem a participação de atletas trans em equipes femininas poderão enfrentar investigações e perder financiamento federal, em conformidade com o Título IX, que proíbe a discriminação por sexo em programas educacionais financiados pelo governo. A interpretação do governo Trump contrasta com a administração anterior, que defendia a inclusão de estudantes trans em equipes esportivas, considerando que a exclusão é uma violação da lei.
A ordem executiva também pressiona organizações esportivas, como a National Collegiate Athletic Association (NCAA), a revisar suas regras para alinhar-se com a nova interpretação do Título IX. Trump já havia tomado medidas anteriores contra os direitos trans, incluindo restrições ao acesso de jovens trans a tratamentos médicos e uma redefinição do sexo como binário. A decisão gerou reações polarizadas, com defensores argumentando que protege a integridade do esporte feminino, enquanto críticos a consideram discriminatória.
A nadadora transgênero Lia Thomas, que ganhou notoriedade por suas vitórias em competições femininas, é um dos casos mais emblemáticos afetados pela nova ordem. A medida é vista como parte de uma estratégia mais ampla de Trump para mobilizar apoio entre eleitores conservadores, embora a participação de atletas trans em esportes femininos seja uma questão que afeta um número muito pequeno de competidores. A ordem executiva pode enfrentar desafios legais, mas representa um passo significativo na agenda política de Trump em relação aos direitos da comunidade LGBTQ+.
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